Terça, 11 Junho 2024 15:17
GARANTIR OS EMPREGOS

Bancários participam de reunião da OIT, na Suíça, sobre impactos da IA nos empregos da categoria

Evento em Genebra conta com a presença da presidenta da Contraf-CUT Juvandia Moreira e tem por objetivo discutir meios de preservar os empregos ante o avanço das novas tecnologias no setor financeiro

 

Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

Com informações da Contraf-CUT 

Representantes da categoria bancária, através da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) foi chamada a compor a comitiva brasileira na 112ª Sessão da Conferência Internacional do Trabalho (CIT), que ocorre desde o dia 3 e vai até o dia 14 de junho, em Genebra, na Suíça. 

O evento conta com a participação de trabalhadores, governos e empregados dos 187 Estados-membros da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

 Impactos da IA

A presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Juvandia Moreira, participará da conferência, inclusive da primeira reunião tripartite setorial para discutir "os impactos dos avanços tecnológicos, a partir da inteligência artificial (IA), no setor bancário, um tema que interessa a toda categoria e o movimento sindical, que luta pela preservação dos empregos. O encontro sobre esta questão está agendado para esta quarta-feira (12), a partir das 17h do horário local (12h no horário de Brasília). A abertura contará com a presença do ministro de Estado do Trabalho e Emprego do Brasil, Luiz Marinho. 

"O sistema financeiro, em todo o mundo, está passando por uma revolução sem precedentes, por causa da escalada tecnológica com a Inteligência Artificial. Esse fenômeno traz fortes impactos sobre a classe trabalhadora no setor. Temos discutido profundamente sobre isso, entre as federações e sindicatos que representamos. O impacto da IA também foi um dos temas da nossa 26ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, que acabamos de realizar", explica Juvandia Moreira.

"Ao mesmo tempo em que a tecnologia beneficia o lucro dos bancos, esse mesmo lucro não está sendo revertido para os trabalhadores e, portanto, para ampliar a riqueza na sociedade", acrescentou Juvandia. 

"O que estamos enfrentando é a redução de postos [de trabalho] enquanto que, por meio da tecnologia é possível sim construirmos uma sociedade mais justa, com a redução da carga horária e aumento de postos de trabalho. Então, o que precisamos colocar na mesa é que a revolução tecnológica precisa vir acompanhada de redução das desigualdades e não com aumento do enriquecimento de poucos, a redução de postos, sobrecarga dos que são contratados e, portanto, do adoecimento da categoria, como temos apontado, inclusive com base em pesquisas", concluiu. 

Futuro do trabalho

Após a abertura, a programação do evento, no dia 12, contará com a palestra "O futuro do trabalho", ministrada pelo economista sênior da OIT, Janine Berger e, logo em seguida, debates sobre a atividade bancária e tendências, onde os representantes dos países serão chamados a responder questões locais sobre as principal modificação na atividade econômica e para as relações de trabalho nos bancários; as tecnologias que mais impactaram a atividade econômica e as relações do trabalho, além das tendências para os próximos anos e sugestões para as relações de trabalho bancário, no momento atual.

O tema foi debatida na 26ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada no último final de semana, em São Paulo, com abordagem do professor da Universidade Federal do ABC (UFABC), Sérgio Amadeu.

Clique no link abaixo e confira a palestra do cientista político na Conferência da categoria: 

https://bancariosrio.org.br/index.php/component/k2/item/12578-cientista-politico-defende-criacao-de-protocolos-para-preservar-empregos-ameacados-pelas-novas-tecnologias

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