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Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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O professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) e cientista político, Sérgio Amadeu, defendeu, em palestra realizada no último sábado (8) sobre os impactos da inteligência artificial no emprego bancário, na 26ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, em São Paulo, a definição de protocolos na Convenção Coletiva de Trabalho, prevendo a qualificação da categoria para novas funções, diante da ampliação do uso das novas tecnologias digitais.
Formação e realocação
Sérgio lembrou que o segmento bancário vem sendo afetado por processos de automatização com a computação e as redes digitais já há bastante tempo.
“Agora, com a inteligência artificial, o chamado aprendizado de máquina, os bancos querem reduzir o custo do capital variável dos salários, bem como o número de trabalhadores”, constatou. “Então, uma das ações que o movimento sindical bancário tem que colocar para o capital financeiro é uma série de exigências novas que vêm do mundo da tecnologia. Tem que ter formação, realocação de funções, tem que ter garantia de emprego. Tem que ter protocolos para criar novas profissões, como de responsabilidade por sistemas algorítmicos”, exemplificou.
“E por quê? Porque tudo isso vai ser fundamental para manter o nível de renda da sociedade inteira. É importante criar protocolos que façam exigências muito importantes para a preservação de empregos e para a melhoria das condições de trabalho diante dessa onda de automatização intensa”, sugeriu.