Terça, 21 Mai 2024 12:48
COMITÊ DE CRISE

Sindicatos querem abono dos dias, suspensão de metas e auxílio moradia para bancários do RS

Com as águas baixando, população gaúcha enfrenta problemas de lixo e entulho e risco de doenças, e começa a ver os estragos e prejuízos na volta para casa Com as águas baixando, população gaúcha enfrenta problemas de lixo e entulho e risco de doenças, e começa a ver os estragos e prejuízos na volta para casa

 

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Com informações da Contraf-CUT 

O Comitê de Crise, formado por representantes do movimento sindical da categoria (Contraf-CUT e Sindicato de Porto Alegre) e da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), que discute medidas de proteção e assistência aos bancários e bancárias atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul, teve nova reunião na última segunda-feira (20). 

Entre as medidas defendidas pelos sindicatos estão o abono dos dias de trabalho para os impossibilitados de comparecer, a não abertura de agências sem água ou luz, a suspensão de metas e a garantia de auxílio moradia até que os bancários possam retornar às suas casas

Esta é a quarta reunião para avaliar a situação das enchentes que assolam a região, realizada por meio digital.  

150 agências fechadas

Os bancos apresentaram um panorama das ações implementadas e informaram que aproximadamente 150 agências permanecem fechadas. Relataram ainda que há "dificuldades logísticas na entrega de numerário", apesar de alguma melhora na situação.

Também foi manifestada a preocupação com o aumento do fluxo de acesso às agências e com os potenciais problemas de saúde decorrentes do contato com as águas contaminadas.

Apoio psicológico 

Os representantes da Fenaban falaram da dificuldade de mapear os impactos sobre os bancários com precisão em função das adversidades para o acesso às moradias, que depende do recuo das águas. Os bancos estão oferecendo atendimento médico e psicológico, cientes das possíveis complicações de saúde entre os funcionários.

Ajuda na reconstrução 

Os representantes da categoria enfatizaram a importância de "avançar nas medidas de reconstrução, garantindo auxílio moradia, especialmente em casos em que a volta para casa dependerá de reformas significativas ou da necessidade de mudança de imóvel". 

Suspensão de metas 

A suspensão de metas até a normalização da situação econômica também foi solicitada, assim como o apoio na limpeza das moradias, com a disponibilização de materiais de limpeza, EPIs, e a reposição de móveis e eletrodomésticos.

A comunicação com os bancários atingidos foi apontada como essencial, por isso, o movimento sindical reivindicou que os bancos informem os trabalhadores sobre as medidas em curso e os canais de contato com as entidades sindicais.

Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT, afirmou que a entidade está “atenta e solidária aos bancários neste momento difícil e que os sindicatos estão organizados para ajudar quem precisa. Qualquer dificuldade, não vacile, entre em contato com teu sindicato.”

Uma nova reunião do Comitê de Crise está agendada para a próxima semana.

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