Segunda, 20 Mai 2024 19:40

Sindicato reintegra bancária com doença do trabalho e demitida pelo Itaú

 A bancária Sandra Andrade entre os diretores do  Sindicato Jorge Lourenço (E) e Edelson Figueiredo A bancária Sandra Andrade entre os diretores do Sindicato Jorge Lourenço (E) e Edelson Figueiredo

O Departamento Jurídico do Sindicato conseguiu impor mais uma derrota ao Itaú na Justiça Trabalhista, ao garantir a reintegração da bancária Sandra Andrade de Carvalho Martins Farias, que trabalha no banco desde 1997, sendo demitida no dia 4 de dezembro de 2023. 
A juíza Adriana Maia de Lima, da 31ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, atendeu ao pedido de Tutela de Urgência feito pela advogada do Sindicato e da AJS, Natália Miranda, considerando a dispensa irregular. 

Metas adoecem 

Sandra, mais uma vítima da política desumana de metas e da sobrecarga de trabalho nos bancos, se encontrava, no momento da demissão, em tratamento médico coberta pelo benefício previdenciário de auxílio por incapacidade temporária concedido pelo INSS. 
"É preciso destacar o trabalho do nosso Departamento Jurídico, dos dirigentes sindicais, dos advogados e funcionários deste setor do Sindicato e também de toda a assistência dada pela Secretaria de Saúde num momento tão difícil, que é quando o trabalhador é demitido ", disse o diretor do Sindicato, Jorge Lourenço.  

Campanha permanente 

O diretor executivo da Saúde da entidade, Edelson Figueiredo, lembra que o Sindicato vai continuar lutando pelos empregos e direitos da categoria. 
"Nossa luta não é apenas no campo jurídico, mas também no apoio e atendimento aos funcionários que sofrem injustiças e numa campanha permanente por melhores condições de saúde e de trabalho, temas que são prioritários na Campanha Nacional deste ano. Por isso, reafirmamos a importância de todos os bancários e bancárias serem sindicalizados", ressaltou Edelson.
O Itaú teve lucro recorde no primeiro trimestre deste ano: R$ 9,771 bilhões, um aumento de 15,8% em relação ao mesmo período do ano passado e um crescimento de 3,9% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.
“É um lucro recorde, mas alcançado em cima de uma verdadeira tragédia com demissões, adoecimento e fechamento de agências, deixando a população desassistida”. A afirmação foi feita por Maria Izabel Menezes, dirigente do Sindicato do Rio e da Comissão de Organização dos Empregados (COE).
Apesar do lucro recorde, houve fechamento de postos de trabalho. Ao final do primeiro trimestre de 2024, a holding contava com 85.936 empregados no país, registrando o fechamento de 3.561 postos de trabalho em doze meses.

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