Segunda, 20 Mai 2024 19:36

Luta contra o adoecimento bancário será prioridade na campanha 2024

Conferência Estadual RJ apresentou estudo do Sindicato do Sul Fluminense e da UFF revelando situação crítica de doenças psíquicas entre bancários e bancárias
Miguel Pereira apresentou na Conferência Estadual RJ um estudo do Sindicato do Sul Fluminense em parceria com a UFF com dados estarrecedores sobre o adoecimento psiquiátrico na categoria    Miguel Pereira apresentou na Conferência Estadual RJ um estudo do Sindicato do Sul Fluminense em parceria com a UFF com dados estarrecedores sobre o adoecimento psiquiátrico na categoria

O problema do adoecimento da categoria bancária, em função do modelo de gestão dos bancos, que impõe metas abusivas e prática de assédio moral, teve destaque na 4ª Conferência Estadual dos Bancários da base do Estado do Rio de Janeiro, que teve seu segundo dia no sábado (18), na Galeria dos Empregados do Comércio, no Centro do Rio.
“A que custo tem sido a reestruturação e a maximização dos lucros e metas?”, questionou o coordenador de promoção social do Sindicato dos Bancários do Sul Fluminense, Miguel Pereira, que apresentou dados de um estudo feito em parceria com a UFF (Universidade Federal Fluminense) sobre o tema da saúde do trabalhador.
"Este talvez seja o maior problema que vamos enfrentar nesta campanha salarial. Precisamos chamar o Ministério Público, os bancos, o INSS , o Ministério do Trabalho e apresentar essa situação", sugeriu Miguel.
Confira em nosso site também, as apresentações sobre a conjuntura econômica e do emprego bancário feita pelos economistas do Dieese, Fausto Augusto e Rosângela Vieira e a participação do deputado federal Reimond (PT-RJ), que é bancário do BB, na conferência, em nosso site: www.bancariosrio.org.br.

As doenças psíquicas na categoria

• Adoecimento psíquico atinge 15% da categoria (no restante do mercado de trabalho o índice não passa de 5%).
• 26,5% disseram já ter se licenciado do trabalho por até 15 dias e cerca de 10% por mais de 180 dias.
• 20% dos afastados foram diagnosticados com doença psiquiátrica (a média em outras categorias é 5%).
• 18,9% já tomaram medicamentos psiquiátricos para poder trabalhar e enfrentar a política de metas nos bancos.
• 67,2% dos bancários consideram grave ou crítica a situação da organização do trabalho nos bancos, quase 60% acha caótica ou grave as condições de trabalho e apenas 2,6% avaliam como satisfatórias.
• As relações socioprofissionais, que estão relacionadas ao assédio moral no trabalho, são consideradas críticas ou graves por 58,9% dos bancários.
• 54,1% acham crítica a situação e sofrem esgotamento físico e mental.
• Em relação à motivação e a falta de condições para entregar o resultado, cerca de 62% considera a situação grave ou crítica.

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