Segunda, 13 Mai 2024 17:26

Movimento social faz seminário no Sindicato preparatório da Cúpula dos Povos frente ao G-20

 “Seminário Nacional de organização da Cúpula dos Povos frente ao G20", realizado no auditório do Sindicato. Foto:Jaqueline Deister/ Brasil de Fato. “Seminário Nacional de organização da Cúpula dos Povos frente ao G20", realizado no auditório do Sindicato. Foto:Jaqueline Deister/ Brasil de Fato.

Olyntho Contente*

Imprensa SeebRio

Mais de 60 organizações representando movimentos sociais brasileiros reuniram-se na quinta e sexta-feira passada (9 e 10/5), no auditório do Sindicato dos Bancários e Financiários do Rio de Janeiro no “Seminário Nacional de organização da Cúpula dos Povos frente ao G20". A ideia é se preparar para abrir o debate com a sociedade sobre diversos temas a serem tratados pelos chefes de Estado que estarão reunidos no Grupo dos 20, nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro, com uma posição crítica de modo a fazer avançar a agenda prevista neste encontro de modo a atender às necessidades da população mundial.

“A reunião do G-20 acontece para discutir questões que dizem respeito mais ao capital do que aos trabalhadores e à população dos países. O objetivo do seminário, portanto, foi debater as estratégias de mobilização para as atividades que ocorrerão na mesma semana do G-20, em novembro no Rio de Janeiro”, explicou Cida Cruz, diretora da Secretaria de Meio-Ambiente do Sindicato dos Bancários do Rio, que participou do seminário.

A partir destes debates serão levadas propostas para discussão e aprovação na Cúpula dos Povos, que vai acontecer paralelamente ao G-20. A chamada Cúpula de Líderes do G20 terá a presença de governos dos 19 países-membros, da União Africana e da União Europeia. 

Posição de crítica ao G-20

Documento aprovado no seminário explica que entre os principais questionamentos dos movimentos e organizações que compõem a “Cúpula dos Povos frente ao G20” estão as diretrizes de austeridade econômica que prejudicam a população e o chamado greenwashing (“maquiagem verde”) que busca convencer que a financeirização da natureza pode ajudar a mitigar a crise ambiental. 

Um trecho do documento “G20: onde os ricos garantem seus privilégios”, divulgado neste ano pelo coletivo, explica o entendimento de que os ricos estarão à frente do encontro de chefes de Estado. Sendo necessário, portanto, denunciar este fato e estabelecer, através da Cúpula dos Povos, um debate sobre a importância da população ser ouvida.

“Os novos temas incorporados a reboque pelo G20 - como emprego, racismo, epidemias, desigualdade, superação da fome, clima, meio ambiente ou energia - só demonstram que as esferas de governança capitalista global requerem monitoramento constante dos efeitos destrutivos das próprias práticas e políticas vigentes no sistema financeiro internacional: para eles, é preciso precificar até a destruição, pois ela também dá lucro”.

O que é G20?

O G20 (Grupo dos 20) é um fórum de cooperação econômica internacional fundado em 1999 como resposta às crises econômicas que aconteceram em diversas partes do mundo na década de 1990. Composto pelas principais economias do mundo, tanto desenvolvidas quanto emergentes, o G20 é descrito como o principal mecanismo intergovernamental formado visando ao diálogo, ao estabelecimento de acordos e de políticas em comum, especialmente na área econômica.

É composto por 19 países e pela União Europeia. O G20 não é um bloco econômico, mas um mecanismo de diálogo e de cooperação informal. Diferentemente dos organismos internacionais, não apresenta uma estrutura hierárquica consolidada ou regras internas acerca da adoção das medidas discutidas durante as reuniões do grupo.

 *Com informações do site Brasil de Fato.

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