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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O lucro do Banco do Brasil no primeiro trimestre deste ano superou todas as expectativas dos analistas do mercado financeiro, ficando em R$ 9,3 bilhões, atrás, apenas, do resultado do Itaú Unibanco, que foi de R$ 9,8 bilhões, considerado ‘gigante’ pelos economistas dos próprios bancos, os únicos consultados pela mídia comercial para falar sobre temas ligados à economia.
O lucro do BB cresceu, assim, 8,8% sobre os números do mesmo período do ano anterior. O BB já havia obtido lucro recorde anual em 2023, atingindo R$ 35,6 bilhões, um crescimento de 11,4% em relação aos R$ 31, 9 bilhões de 2022.
Metas e assédio moral
O diretor da Secretaria de Trabalhadores do Ramo Financeiro do Sindicato dos Bancários e Financiários do Rio de Janeiro, Júlio César Castro, propôs uma reflexão sobre esta lucratividade. “A quem está beneficiando este lucro? Nós vemos os funcionários doentes, as metas cada vez mais inatingíveis, absurdas e desrespeitosas. Desta forma, a própria meta já é um assédio moral, já que é um número que a pessoa jamais vai conseguir alcançar”, criticou.
Para o dirigente, na outra ponta, o lucro gigantesco também não reflete uma melhora no atendimento aos clientes, pelo contrário. “A quem beneficia este lucro se, de outro lado, a população também não está sendo bem atendida nas agências cada vez com menos funcionários? ”, argumentou.
Júlio acrescentou ainda que os mais idosos que não sabem lidar com os meios eletrônicos ficam nas mãos de fraudadores que tentam aplicar golpes, através dos meios digitais.
“E ainda tem milhares de pessoas sem acesso à internet que também não têm acesso ao banco. Às custas de que este lucro todo está sendo feito? ”, questionou.