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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Banco do Brasil, Itaú e Santander anunciaram uma série de medidas emergenciais em apoio aos bancários do Rio Grande do Sul em função da enchente causada no estado pelas fortes chuvas. As decisões foram tomadas após solicitação de ajuda aos funcionários e à população do estado, feita, no último dia 6, à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) pelo Sindicato dos Bancários de Porto Alegre, Federação Estadual (Fetrafi-RS) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
O secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles, avalia como positivo o anúncio. “Mas nós estamos reivindicando outras medidas, como a suspensão de cobrança de metas, quem não puder ir trabalhar, tenha os pontos abonados e que agências sem condições sanitárias, como falta de água, não devem ser abertas. Também reivindicamos linha de crédito com prazos estendidos, sem juros, para funcionários atingidos, entre outras medidas”, afirmou.
Itaú - O Itaú anunciou a antecipação da gratificação semestral, além do pagamento adiantado da primeira e segunda parcelas do décimo terceiro salário. Adicionalmente, também efetuou o pagamento dos estagiários. Outras alternativas estão sendo estudadas e, assim que finalizadas, serão divulgadas.
Maria Izabel Menezes, dirigente do Sindicato dos Bancários e Financiários do Rio de Janeiro classificou a iniciativa como positiva. “O principal agora é oferecer segurança e meios para que os bancários possam se reestruturar. Medidas como essas, adotadas pelo Itaú, oferecem, de início, um suporte para que a categoria tenha um alívio em meio a toda essa situação”, afirmou.
Banco do Brasil – No caso do BB, as medidas são mais amplas, englobando, também, os clientes: carência de até seis meses para a primeira parcela do BB Crédito Consignado ou do BB Crédito Salário; micro e pequenas empresas atingidas terão acesso a crédito com linhas governamentais próprias, além de renegociação de dívidas com condições diferenciadas; empresas dos municípios atingidos contarão com linhas de repactuação com prazos de 30, 36 e 48 meses, nas operações convencionais, ou até 72 meses para as contratações via Pronamp.
Para o diretor da Secretaria dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Sindicato dos Bancários e Financiários do Rio de Janeiro, Júlio César Castro, esta movimentação do BB é importante, pois mostra a necessidade de reconhecer sua função social. “Um banco que leva o nome do Brasil precisa demonstrar aos brasileiros a que veio. Essa é a função de um banco público”, frisou.
O pacote de ajuda do BB aos funcionários engloba: reforço no atendimento das redes de gestão de pessoas (Gepes), com prioridade aos funcionários do Rio Grande do Sul; liberação do Programa de Assistência Social (PAS), um mecanismo de crédito do banco, voltado aos funcionários; flexibilização de antecipação de férias para os trabalhadores do Rio Grande do Sul, em caso de solicitação pelo próprio funcionário; abono 478, mecanismo interno para justificar as faltas em situações específicas, nesse caso por causa da situação de calamidade pública.
Essa proposta também inclui a possibilidade do home office; flexibilização do trabalho remoto; adição de funcionários de outras localidades do país como reforço nas dependências do RS; substituição de todas as funções gerenciais, em dependências do RS, para compor um comitê, com objetivo de estruturar e atender melhor as demandas.
Santander – Já o Santander anunciou três medidas para mitigar os impactos sobre seus mais de 1.200 funcionários nas regiões impactadas: a antecipação do 13º salário, abono do ponto eletrônico para as ausências no mês de maio e o reforço no suporte do Programa de Apoio Especializado (PAPE), do próprio Santander, que acolhe não somente funcionários, como as famílias, num atendimento 24 horas por dia.
O dirigente da Comissão de Organização dos Empregados (COE) e do Sindicato, Marcos Vicente, disse que o momento é muito grave para os bancários e para a população em geral dos estados da Região Sul. “Toda ajuda é bem-vinda”, enfatizou. O secretário executivo do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e representante dos trabalhadores do Santander no estado, Casemiro Luiz, agradeceu toda a solidariedade do movimento sindical do Brasil ao povo gaúcho.
“Estamos passando pela maior catástrofe climática da história do Rio Grande do Sul, onde quase 90% das cidades do nosso estado foram afetadas pelas chuvas, que castigam o estado desde o início da semana passada. O que estamos vivendo hoje deve servir de alerta à crise ambiental que o Brasil já está enfrentando. É urgente o trabalho coletivo, tanto do poder público, quanto da sociedade, por meio de ações mais contundentes e conscientes, para conter a destruição do nosso planeta.”