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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Com informações da Contraf-CUT
A comparação entre o primeiro bimestre de 2023 com o mesmo período deste ano confirma as denúncias dos sindicatos de grande redução de postos de trabalho no setor bancário privado.
O crescimento verificado nos dois meses do ano se deve à convocação de aprovados em concurso do Banco do Brasil, com a política do governo Lula de realizar mais concursos e fortalecer os bancos públicos.
A Pesquisa do Emprego Bancário (PEB) referente ao primeiro bimestre de 2024, elaborada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), aponta uma eliminação de 4.171 postos de trabalho bancário no acumulado dos últimos 12 meses.
Importância dos Bancos públicos
Na análise dos dados dos dois primeiros meses de 2024, verifica-se uma abertura de 1.074 postos de trabalho.
“O resultado positivo no bimestre é explicado por conta da convocação de aprovados em concurso do Banco do Brasil”, alertou o economista Gustavo Cavarzan, do Dieese.
"Basta ver que a ampliação de vagas no período está associada, particularmente, à criação de vagas de ‘escriturário’. Se desconsiderarmos esta movimentação extraordinária, o saldo seria de 543 postos de trabalho a menos neste período”, explica Cavarzan.
"O combate ao processo de extinção de agências físicas e das demissões no setor privado e a reivindicação pela ampliação dos concursos para o fortalecimento dos bancos públicos serão temas fundamentais na Campanha Nacional da categoria deste ano. Contamos com a participação de todos os bancários e bancárias nas atividades da campanha salarial ", destacou o presidente do Sindicato do Rio José Ferreira.
Menos bancários
O saldo do emprego no ramo financeiro revela que os bancos estão demitindo muitos bancários e contratando mais trabalhadores 'não bancários', que não possuem os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho.
O setor bancário puxou o número de vagas para baixo, nos últimos 12 meses. Foram criados 20,5 mil postos de trabalho no ramo financeiro, uma média de criação de 1,7 mil postos/mês, com destaque para as cooperativas de crédito e os securitários, que juntos criaram 16,3 mil postos de trabalho no período.
O saldo no primeiro bimestre de 2024, excluindo a categoria bancária, foi de 4.764 postos de trabalho, quase seis vezes mais do que no mesmo período de 2023, novamente com destaque para o crédito cooperativo (+1.949 vagas), que desta vez é acompanhado pelos planos de saúde (+1.062 vagas).
"A estratégia dos bancos de reduzir o número de bancários no setor, ampliando a contratação de correspondes, terceirizados, autônomos e PJs só reafirma a relevância do debate sobre a necessidade da representação de todo o ramo financeiro ", ressaltou o vice-presidente da Contraf-CUT Vinícius de Assumpção.