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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Partido Liberal (PL) fechou posição contra a manutenção da prisão e pela libertação do deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ). O parlamentar é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora do PSOL, Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. Foram presos também, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil, delegado Rivaldo Barbosa.
Apesar da posição do Partido Liberal (PL), a Câmara dos Deputados aprovou, em plenário, a manutenção de Chiquinho Brazão na prisão, com 277 votos em favor desta posição, 129 votos contra, além de 28 abstenções.
O Conselho de Ética da Câmara abriu ainda processo para ceassar o mandato do parlamentar acusado, o que o faria perder o foro privilegiado.
A mão de Bolsonaro
A posição do partido em favor do possível mandante da execução de Marielle e de seu motorista tem haver com a pressão pessoal feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) já havia aprovado, também nesta quarta-feira (11), por 39 a 25 votos, a manutenção da prisão do parlamentar acusado. A sessão durou mais de cinco horas e teve discursos a favor e contra Chiquinho Brazão.
Posição constrangedora
Senadores do PL tentaram uma reunião com Bolsonaro e o presidente da sigla, o ex-deputado federal Valdemar Costa Neto - que já foi preso por envolvimento no escândalo do mensalão e por porte ilegal de armas - para tentar rever a posição do PL, considerada por alguns parlamentares como constrangedora junto ao eleitorado, cuja maioria não gostava das posições políticas de Marielle, mas não concorda com o assassinato da parlamentar do PSOL.
Há quem tenha estranhado a postura radical de Bolsonaro em defesa de Chiquinho Brazão e considere que ela seja fruto do medo de que, abandonado, o parlamentar preso pudesse abrir a boca e envolver mais gente no caso, inclusive a clã Bolsonaro.