Sexta, 08 Março 2024 08:21
VEM PRA LUTA

Ato das Mulheres no Rio começa hoje, às 16h, na Candelária

Manifestação do Dia Internacional da Mulher acontece nas ruas de todo o país
O Sindicato convoca todas as bancárias a participarem das manifestações do Dia Internacional da Mulher O Sindicato convoca todas as bancárias a participarem das manifestações do Dia Internacional da Mulher Foto: Mídia Ninja

Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

Mulheres de todo o Brasil estarão protestando nesta sexta-feira, 8 de Março, em defesa da democracia, contra a discriminação e a violência e pela igualdade salarial e de direitos. 

No Rio de Janeiro, a manifestação começa com concentração às 16h, na Candelária, no Centro da Cidade. Elas seguirão pela Avenida Rio Branco até a Cinelândis, onde acontece mais um ato público. 

A vice-presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio Kátia Branco convoca aa bancárias a participarem da manifestação. 

"Fomos nós mulheres que fizemos a diferença nas eleições de 2022 e garantimos a democracia. E vamos exigir a prisão de todos que planejaram, articularam e agiram na tentativa de golpe em janeiro do ano passado. Vamos também dar um basta à violência doméstica e a toda forma de discriminação e a desigualdade", explica Kátia. 

Desigualdade no trabalho 

As mulheres ganham, em média, 22,3% a menos que os homens e são maioria entre os Desempregados do país, segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). No terceiro trimestre do ano passado, elas representavam 44% da força dde trabalho e 55% do total de trabalhadores desempregados do país.

A taxa de desemprego era de 6,9% para os homens e de 11% para as mulheres, segundo números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). As mulheres representaram 64,5% das pessoas fora do mercado de trabalho e mais da metade dos desalentados,  ou seja, pessoas que desistiram de procurar emprego. 

Na renda média, a discriminação reafirma a discriminação no mercado de trabalho. Eas ganhavam, em 2023, em média, R$2.305 enquanto os trabalhadores homens, receberam R$2.909, ou seja, 11% a menos. 

A situação é ainda pior quando se trata de trabalhadoras negras. De 2,3 milhões de desalentadas,  1,6 milhão é de mulheres negras. 

Negras em situação pior

No caso das famílias chefiadas por mulheres negras com filhos, a renda média foi de R$ 2.362,00. Já entre casais com filhos, a renda média é de R$ 6.587 para os não negros e de R$ 3.767 para negros (-42,8%).

"As negras são ainda mais discriminadas, na hora da contratação pelas empresas, na dificuldade para a ascensão profissional, nos valores médios dos salários e no número de desempregados e desalentados.Por isso, estamos nas ruas. É preciso entender que, seja a mulher de esquerda ou de direita,  odas somos discriminadas e precisamos estar nas ruas protestando contra a desigualdade ", avalia Jô Araújo, diretora do Sindicato do Rio. A sindicalista lembra ainda que "é preciso exigir o cumprimento da Lei.   , criada pelo governo Luka, que multa empresas que pagarem salários inferiores aos dos homens,  no exercício da mesma função ou atividade.  

Marielle vive

Mais uma vez, será lembrado o assassinato da vereadora Marielle Franco, executada por políticos ligados às milícias do Rio de Janeiro, exigindo a punição dos autores e mandantes do crime. 

O protesto tem na pauta ainda a luta contra o racismo, o feminicídio, o lesbocídio, o transfeminicídio e a defesa do meio ambiente.

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