Segunda, 22 Janeiro 2024 21:42

Centrais sindicais cobram correção da tabela do Imposto de Renda

Falta de correção do IR arrocha mais ainda os mais pobres Falta de correção do IR arrocha mais ainda os mais pobres

Em nota oficial divulgada na quinta-feira (18/1), as centrais sindicais, entre elas a CUT e a CTB, protestaram contra a falta de correção da tabela do imposto de renda que fez com que deixassem de ser isento de tributação as remunerações a partir de dois salários mínimos, o que passou a acontecer com o seu aumento real. “As Centrais Sindicais abaixo vêm a público manifestar sua profunda preocupação com a falta de atualização da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) pelo Ministério da Fazenda e o Governo Federal. A ausência de correções adequadas na tabela do IRPF tem impactos significativos sobre os trabalhadores formais, principalmente aqueles que ganham salários mais baixos e a classe média”, afirma o documento.
Frisa que, segundo informações da Unafisco Nacional, o reajuste do mínimo sem a atualização da tabela de IRPF resultou em uma situação alarmante, onde trabalhadores que recebem dois salários mínimos agora estão sujeitos ao pagamento do imposto de renda. “Este é um cenário inaceitável e que contraria os princípios de justiça fiscal e social civilizatórios. Ressaltamos que durante a campanha presidencial, o Presidente Lula se comprometeu com a isenção do imposto de renda para aqueles que recebem até 5 mil reais”, lembram.
As centrais ressaltam que o governo federal se comprometeu a apresentar até março, na segunda fase da reforma tributária, mudanças na tributação da renda, mas as recentes declarações do Ministro Fernando Haddad sugerem que as alterações só serão pautadas em 2025. “Destacamos ainda a defasagem de mais de 140% da tabela do IRPF, mesmo na primeira faixa de renda atualizada no último ano, o que coloca uma carga tributária desproporcional sobre os ombros dos trabalhadores assalariados. É fundamental que a tabela seja corrigida de forma a acompanhar o aumento do custo de vida e garantir que a tributação seja justa e equitativa. Essa realidade contradiz os princípios de progressividade fiscal, essenciais para promover a redistribuição de renda e reduzir as desigualdades sociais”.
Cobram que as autoridades considerarem medidas tributárias progressivas, tais como a criação de faixas adicionais de alíquotas para rendas dos super-ricos, a taxação de grandes heranças, a tributação de grandes fortunas e a implementação de políticas que incentivem a equidade fiscal.

Mídia