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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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O governo Luiz Inácio Lula da Silva divulgou nota oficial no último dia 10, apoiando a iniciativa da África do Sul de pedir à Corte Internacional de Justiça que declare que Israel cometeu genocídio ao violar obrigações previstas na Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio, ao bombardear seguidamente a Faixa de Gaza, matando mais de 23 mil palestinos, a maioria mulheres e crianças. O documento do governo brasileiro foi divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE)
Os bombardeios foram feitos contra alvos civis, prédios, mesquitas, escolas e até hospitais. Além dos ataques indiscriminados, as forças armadas de Israel não permitiram durante meses a entrada e ajuda humanitária, deixando sem atendimento médico, medicamentos, água e comida a população palestina, num deliberado cerco de morte. Se utilizou de bombas de fósforo branco, cujo uso é proibido pelas convenções internacionais, considerado crime de guerra.
Ronald Carvalhosa, diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, disse que a decisão do governo Lula de apoiar a iniciativa da África do Sul de condenar o genocídio é muito importante. “É o maior país do mundo até agora que mostra um apoio mais firme em relação à Palestina, já que a nossa economia e população são maiores que as da África do Sul”, afirmou.
Acrescentou ser preciso frisar que a América Latina está na linha de frente em relação à solidariedade e defesa da população palestina. “Isto me lembra uma frase do Nelson Mandela, quando foi extinto o aphartheid na África do Sul: “Nós sabemos que a nossa liberdade não estará completa enquanto os palestinos não alcançarem a sua liberdade”.
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O MRE afirma na nota que Lula apoia a iniciativa sul-africana para que a Corte Internacional de Justiça "determine" a Israel que pare atos e medidas que possam configurar genocídio.
"À luz das flagrantes violações ao direito internacional humanitário, o presidente manifestou seu apoio à iniciativa da África do Sul de acionar a Corte Internacional de Justiça para que determine que Israel cesse imediatamente todos os atos e medidas que possam constituir genocídio ou crimes relacionados nos termos da Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio", completa o documento
Fundada em 1945, a Corte Internacional de Justiça está sediada em Haia, na Holanda. A Corte julga disputas entre Estados e responde a consultas de órgãos ou agências especializadas das Nações Unidas (ONU). Segundo o Ministério das Relações Exteriores (MRE), Lula externou o apoio à iniciativa sul-africana durante reunião nesta quarta com o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben.
"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu hoje o embaixador da Palestina em Brasília, Ibrahim Alzeben, para discutir a situação dos palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, depois de decorridos mais de três meses da presente crise", diz trecho do comunicado do Itamaraty.
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