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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Trabalhadores de todo o país realizaram na manhã desta terça-feira (12), protestos contra a política de juros altos impostas pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. A mobilização foi organizada pelo movimento sindical. Durante todo o dia, o Copom (Comitê de Política Monetária) estará em sua última reunião de 2023 para definir a Selic, a taxa básica de juros. Mesmo com a tímida queda, o Brasil ainda tem os maiores juros reais (descontada a inflação) do mundo.
Tem que baixar mais
A expectativa do mercado e do próprio ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) é que haja uma queda de 0,50% pontos percentuais, o que levaria a Selic para 11,75% ao ano. Na avaliação do movimento sindical ainda é pouco. Na última reunião do comitê, realizado nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, a Selic alcançou o patamar de 12,25%, o menor nível desde março de 2022 mas, ainda assim, os índices são muito altos se comparado as demais economias capitalistas do mundo (confira o ranking abaixo).
“O Copom se reúne hoje {12} e amanhã {13} e nosso papel é pressionar para que haja uma queda mais acelerada e contundente da taxa de juros. Os números apontam, a cada trimestre, a melhora da economia e controle da inflação e, portanto, o BC precisa contribuir, reduzindo os juros para o país gerar mais empregos e melhorar o poder aquisitivo da classe trabalhadora, para incluirmos mais pessoas na sociedade, garantindo cidadania, emprego e renda”, disse o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio José Ferreira durante a atividade, que aconteceu em frente ao edifício do BC, na Avenida Presidente Vargas, 730, no Centro. O ato contou com a presença de sindicalistas do Sindicato e da Federa-RJ (Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro), inclusive Adriana Nalesso, presidenta da entidade e vice da CUT-RJ. Membros dos Comitês Populares também estiveram presentes ao protesto.
Além do Rio, houve manifestações também em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Salvador e Belém.
Ranking: quem tem os juros reais mais altos no mundo
País Juros reais
1º) Brasil 6,9%
2º) México 6,89%
3º) Colômbia 5,48%
4º) Hungria 4,62%