Terça, 12 Dezembro 2023 13:15

Trabalhadores de todo o país protestam contra os juros altos

Atos aconteceram nesta terça-feira (12), pela manhã. Comitê de Política Monetária (Copom) está em suas últimas reuniões do ano para começar a definir Selic
Dirigentes sindicais bancários participaram do ato em frente ao prédio do Banco Central, na Presidente Vargas, Centro do Rio 	Dirigentes sindicais bancários participaram do ato em frente ao prédio do Banco Central, na Presidente Vargas, Centro do Rio Foto: Nando Neves

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Trabalhadores de todo o país realizaram na manhã desta terça-feira (12), protestos contra a política de juros altos impostas pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. A mobilização foi organizada pelo movimento sindical. Durante todo o dia, o Copom (Comitê de Política Monetária) estará em sua última reunião de 2023 para definir a Selic, a taxa básica de juros. Mesmo com a tímida queda, o Brasil ainda tem os maiores juros reais (descontada a inflação) do mundo.

Tem que baixar mais

A expectativa do mercado e do próprio ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) é que haja uma queda de 0,50% pontos percentuais, o que levaria a Selic para 11,75% ao ano. Na avaliação do movimento sindical ainda é pouco. Na última reunião do comitê, realizado nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, a Selic alcançou o patamar de 12,25%, o menor nível desde março de 2022 mas, ainda assim, os índices são muito altos se comparado as demais economias capitalistas do mundo (confira o ranking abaixo).

“O Copom se reúne hoje {12} e amanhã {13} e nosso papel é pressionar para que haja uma queda mais acelerada e contundente da taxa de juros. Os números apontam, a cada trimestre, a melhora da economia e controle da inflação e, portanto, o BC precisa contribuir, reduzindo os juros para o país gerar mais empregos e melhorar o poder aquisitivo da classe trabalhadora, para incluirmos mais pessoas na sociedade, garantindo cidadania, emprego e renda”, disse o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio José Ferreira durante a atividade, que aconteceu em frente ao edifício do BC, na Avenida Presidente Vargas, 730, no Centro. O ato contou com a presença de sindicalistas do Sindicato e da Federa-RJ (Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro), inclusive Adriana Nalesso, presidenta da entidade e vice da CUT-RJ. Membros dos Comitês Populares também estiveram presentes ao protesto.                                                                                                    

Além do Rio, houve manifestações também em São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Salvador e Belém.

 

Ranking: quem tem os juros reais mais altos no mundo

País                                                 Juros reais

 

1º) Brasil                                           6,9%

2º) México                                         6,89%

3º) Colômbia                                     5,48%

4º) Hungria                                       4,62%

 

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