Segunda, 11 Dezembro 2023 20:38
SEM ESPÍRITO NATALINO
Juros altos é presente de grego de Campos Neto ao povo brasileiro
O Sindicato convoca toda a categoria bancária e demais trabalhadores para o ato e a campanha permanente em defesa de juros baixos. Trabalhadores voltam a protestar nesta terça-feira (12) e campanha continuará até a direção do Banco Central baixar a Selic a patamares aceitáveis
A economia brasileira dá sinais de melhora e a inflação continua apresentando uma queda considerável. No entanto, os juros altos, injustificáveis na avaliação de economistas desenvolvimentistas, movimento sindical e empresários do setor produtivo, continuam a ser o grande vilão para a retomada do crescimento econômico, a geração de empregos e a recuperação do poder de compra da população. O país é hoje o segundo do mundo com maiores juros reais do planeta, atrás apenas do México.
“Com estes patamares de juros impostos pelos bancos privados e especuladores e por seu representante no BC, Roberto Campos Neto, o Brasil está proibido de crescer de forma sustentável. Isto prejudica todo mundo, a população, a indústria, o comércio e faz crescer a dívida pública. Só os banqueiros e rentistas ganham. É fundamental que todos os trabalhadores e a sociedade participem dessa mobilização”, disse o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio José Ferreira.
Campanha permanente
O ato nacional do movimento sindical nas ruas e nas redes sociais será nesta terça-feira (12). No Rio o protesto acontece às 11h, em frente ao prédio do BC, na Avenida Presidente Vargas, 730, Centro.
No mesmo dia, o Copom (Comitê de Política Monetária) faz sua última reunião do ano. A expectativa do mercado é de baixa de 0,5%, mas a Selic (taxa básica) é ainda muito alta e impede a retomada do crescimento econômico.
A campanha nas redes sociais é #JurosBaixosJá, a partir das 11h de terça, mas permanecerá até o BC baixar os juros a níveis compatíveis com as nações capitalistas mais avançadas do mundo, que são muito reduzidos.
A balela da ‘autonomia’
Desde 2021, está em vigor a chamada “autonomia” do BC, criada pelo então ministro da Economia do governo Jair Bolsonaro (PL), Paulo Guedes, tirando dos governos o controle sobre a política cambial e de juros, agora nas mãos de meia dúzia de membros do Copom (Comitê de Polícia Monetária), tradicionalmente com representantes do sistema financeiro nacional e sem nenhuma representação dos trabalhadores. Ou seja, o povo vota para presidente da República, mas, na prática, quem dá as cartas em relação aos juros é a diretoria do BC.
Confira informações em tempo real sobre a decisão do BC em relação à Selic e a manifestação dos trabalhadores, em nosso site: www.bancariosrio.org.br.
