Segunda, 11 Dezembro 2023 20:36
MENOS METAS, MAIS SAÚDE

Bancários protestam contra demissões e adoecimento no Bradesco e Itaú

O Sindicato voltou a protestar contra as demissões, o fechamento de agências, assédio moral e adoecimento  de bancários no Bradesco e no Itaú. As manifestações aconteceram na Senador Dantas, no Centro O Sindicato voltou a protestar contra as demissões, o fechamento de agências, assédio moral e adoecimento de bancários no Bradesco e no Itaú. As manifestações aconteceram na Senador Dantas, no Centro

O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro realizou na quinta-feira passada (7), mais um protesto contra as arbitrariedades do Bradesco que prejudicam os funcionários e a falta de respeito com clientes e usuários. No Itaú a atividade aconteceu em nível nacional.

Metas adoecem

Com o lema “Bradesco adoece e depois demite bancários”, o coletivo de dirigentes sindicais do Sindicato prossegue com a mobilização há mais de um ano. Desta vez, a manifestação aconteceu na agência (3176) e no prédio da diretoria regional, na Rua Senador Dantas, 61, no Centro. Houve retardamento na abertura da unidade até as 11h.
O prédio da Senador Dantas conta com mais de 400 funcionários. Os bancários e a população apoiaram a atividade do Sindicato.
O Bradesco trata com descaso os funcionários e clientes, precarizando o atendimento, sobrecarregando e adoecendo os funcionários. O Sindicato vai continuar nas ruas e nas redes sociais denunciando os abusos do Bradesco.
"Iremos continuar denunciando o Bradesco aos órgãos competentes como Ministério Público do Trabalho e o Procon na defesa dos interesses da categoria e da população”, declarou o diretor do Sindicato e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Leuver Ludolff.
O Bradesco já demitiu mais de 2.200 trabalhadores em todo o país em 2023. Somente no município do Rio, o número chega a 300 demissões esse ano.

Pressão também no Itaú

Nas principais cidades do país, como no Rio de Janeiro, protestos organizados pelos sindicatos denunciaram à população, a gestão desumana posta em prática pelo Itaú, através da imposição sobre bancárias e bancários do assédio moral ligado às metas, gerando o aumento de doenças psíquicas, como o estresse agudo e as síndromes do pânico e de burnout. Esta situação é agravada pelas demissões em massa cuja consequência é uma sobrecarga cada vez maior de trabalho.
No Rio de Janeiro, capital, o Sindicato atrasou em uma hora o início do expediente na agência da Rua Senador Dantas, onde foi feita reunião com os bancários e entregue documento de denúncia do Itaú aos clientes. Os dirigentes sindicais lembraram que este ano o banco, para comemorar seus 100 anos de existência, vem fazendo uma campanha publicitária tentando mostrar-se como um grupo econômico moderno e preocupado com funcionários e clientes, escondendo a cruel realidade.
“No discurso e na propaganda tudo é muito bonito, mas esconde a dura realidade de um banco que assedia, adoece e demite os funcionários, mesmo tendo sido estes os responsáveis pelo lucro recorde de mais de R$ 26 bilhões nos nove meses deste ano, o que é desumano e inadmissível. Estamos hoje nas ruas, protestando e paralisando agências para mostrar o que se esconde por trás da publicidade”, afirmou Maria Izabel Menezes, dirigente do Sindicato e da Comissão de Organização dos Empregados (COE) durante ato em frente à agência Senador Dantas.

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