Sexta, 08 Dezembro 2023 17:25
ATIVIDADE VALIOSA

Trabalho doméstico não remunerado da mulher é tema de debate

Apesar de ser fundamental para manter a roda da economia e a vida em sociedade, atividades exercidas pela mulher em casa não é devidamente valorizada

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Com informações da Contraf-CUT

O trabalho doméstico e de cuidados não remunerado, também chamados de “trabalho invisível” das mulheres, foi o tema central de seminário realizado pelo Ministério da Mulher, na quarta (6) e quinta-feira (7), em Brasília (DF). O evento contou com a presença de cerca de 200 pessoas, entre representantes do governo, movimentos sociais e pesquisadores do meio acadêmico. 

“O objetivo do evento foi trazer propostas para a Política Nacional de Cuidados para o qual um grupo de trabalho interministerial, com a participação de várias entidades, foi criado, e conta com representantes do movimento sindical bancário”, destacou a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes, que representa o movimento sindical bancário no Grupo de Trabalho que debate o tema. 

Motor da economia

As mulheres realizam mais de três quartos do trabalho de cuidado não remunerado – com a casa, os filhos, idosos e outros familiares e pessoas doentes –, totalizando cerca de 12,5 bilhões de horas todos os dias. A conclusão é de um levantamento do Comitê de Oxford para o Alívio da Fome. 

O relatório da entidade considera o trabalho doméstico e de cuidadora das mulheres um verdadeiro "motor da economia", uma "indústria " que mantém viva a roda da economia  e a vida em sociedade, atividade valiosa,  mas que não é percebida e nem devidamente valorizada pelas sociedades. 

Pautas debatidas no seminário

  • Divisão sexual do trabalho no Brasil: desafios para uma política nacional de cuidados
  • O trabalho reprodutivo: impactos e significados na vida das mulheres
  • Demandas por cuidado: desafios na elaboração de uma política nacional

 

 

Mídia