Quarta, 29 Novembro 2023 18:07
É NA LUTA QUE A GENTE CONQUISTA

Pressão dos trabalhadores leva governo a aceitar rever a CGPAR 42

Sinalização é uma vitória histórica do movimento sindical que irá beneficiar participantes de planos de saúde das estatais
Trabalhadores de estatais e empresas públicas protestaram em Brasília,  cobrando do governo federal, a suspensão da CGPAR 42 Trabalhadores de estatais e empresas públicas protestaram em Brasília, cobrando do governo federal, a suspensão da CGPAR 42 Fo6o: CUT/Divulgação

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

O movimento sindical conseguiu nesta quarta-feira (29) uma vitória na luta pela suspensão da CGPAR ( Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União) de número 42, que traz prejuízos aos funcionários de estatais e empresas públicas, inclusive o risco destes trabalhadores perderem o acesso aos planos de saúde, como é o caso do Saúde Caixa,  que ao contrário de planos privados, preserva o princípio solidário. 

Protesto em Brasília

Logo após o protesto nacional de trabalhadores de estatais e empresas públicas realizado em Brasília, atividade que contou com a participação de categorias como  bancários, portuários e moedeiros, realizado em frente ao Ministério da Fazenda e Gestão,, a secretária da SEST (Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais), Elisa Leonel, chamou os sindicalistas para uma reunião. No encontro, foi anunciado que o governo aceita rever a Resolução 42 da CGPAR e propõe que os trabalhadores ajudem na elaboração do texto da mudança. A resolução foi mais um ataque do então ministro da Economia de Jair Bolsonaro (PL) à classe trabalhadora.  Participaram da reunião os deputados federais do Rio de Janeiro, Jandira Feghali (PCdoB), Reimont (PT) e Glauber Braga (PSOL).  

"Consideramos muito positivo que o governo tenha mudado a postura e proposto a alteração da redação a ser feita em acordo com os representantes dos trabalhadores", disse o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio José Ferreira.  

"As resoluções da CGPAR trouxeram muitos prejuízos aos trabalhadores das empresas públicas e estatais. Em particular no que se refere à assistentência à saúde", acrescentou Ferreira. 

Novo texto para março

A previsão é de que o documento que suspenderá o atual texto da resolução, fique pronto até março de 2024, servindo de base para uma negociação com os sindicatos. 

Reunião já tem data 

A primeira reunião de negociação para debater o tema já tem data, no próximo dia 7 de dezembro, e contará com a participação dos representantes dos trabalhadores e das trabalhadoras.

Mídia