Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Bancários e bancárias compareceram à assembleia realizada nesta terça-feira (28), no auditório do Sindicato do Rio, e aprovaram por unanimidade, a previsão orçamentária da entidade para o ano de 2024.

O secretário de Finanças do Sindicato, Jorge Lourenço, disse que tem sido um desafio manter o equilíbrio das contas da entidade sindical ante a extinção de postos de trabalho pelos bancos.

“A entidade vem perdendo receitas em função das demissões no sistema financeiro e manter nossas contas equilibradas será um grande desafio em 2024. Mas temos feito esforços e criamos um Grupo de Trabalho para reduzir custos e elevar as receitas”, disse Jorginho.

O tesoureiro do Sindicato destacou ainda que está projetado para o ano que vem um novo PDV (Plano de Demissão Voluntária) em função dos custos com folha de pagamento. Lembrou também que em 2024 as despesas vão subir já que a campanha salarial terá que garantir uma nova convenção coletiva para a categoria, visto que o acordo de dois anos se encerra em 2023.

“É fundamental nós respeitarmos as planilhas desta previsão definidas e aprovadas nesta assembleia”, acrescentou.

Energia solar

Lourenço anunciou um investimento que reduzirá custos e até poderá gerar receitas para a entidade: placas de energia solar na Sede Campestre, cujo excedente poderá ser renegociado.

Jovens bancários

A tesoureira suplente, Maria Izabel, destacou a importância de sindicalizar os novos bancários.

“Os bancos estão reduzindo drasticamente postos de trabalho, mas há um número considerável de novos funcionários sendo contratados. Nosso desafio é mostrar os benefícios de ser sindicalizado para esses trabalhadores jovens contratados”, ressaltou.

Otimização dos espaços

O presidente José Ferreira reafirmou a importância dos sócios contribuintes e aposentados, como formas de criação de novas receitas que deram certo.

“Em 2022 tínhamos 105 sócios contribuintes e este ano saltamos para 409 desta modalidade de sócios”, explicou, destacando ainda a importância da otimização dos espaços físicos da estrutura do Sindicato.

Importância da comunicação

Ferreira lembrou ainda da importância da comunicação para atrair novos sócios e elevar as receitas e anunciou um projeto de criar um estúdio para produção de pequenos vídeos e PodCasts, além do papel relevante da versão imprensa do Jornal Bancário, para dialogar com a categoria. O dirigente também criticou a lógica neoliberal, que dissemina o individualismo e a “meritocracia” em detrimento da organização da luta coletiva.

Ramo financeiro

O vice-presidente da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Vinícius de Assumpção, falou da importância do aprofundamento do debate sobre a representação por ramo.

“Na Contraf tem avançado o debate de que a representação de todo o ramo financeiro é fundamental para o futuro do movimento sindical bancário”, afirmou. A despeito do tema, José Ferreira disse que o desafio será convencer os patrões a aceitar a ideia e destacou que também há dificuldades no parlamento brasileiro para aprovação de leis que instituam este novo modelo sindical por ramo.

A vice-presidenta Kátia Branco falou da importância de a entidade revigorar a participação dos aposentados no Sindicato e anunciou uma reunião com este segmento para o próximo dia 11 de dezembro, no Sindicato.