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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Quem não lembra, no "calor" do embate das eleições de 2022, os negacionistas de extrema-direita dizendo que o aquecimento global era "uma invenção dos ambientalistas"?
As temperaturas extremas estão aí, agora num calor anormal e fora de época. E olha que o verão ainda nem chegou. A situação é tão atípica que a região sudeste tem registrado temperaturas típicas do Norte e Nordeste e Curitiba, no Paraná, ter sofrido um calor igual ao de Aracaju, capital de Sergipe.
Rio 600?
A essa altura, a canção que ficou famosa na voz da cantora Fernanda Abreu, "Rio 40 graus" já pode ser rebatizada. No Rio os termômetros chegaram a registrar uma sensação térmica de 58,7⁰. A coisa anda tão desproporcional que o recorde de calor não foi em Bangu, tradicionalmente o bairro mais quente da capital fluminense, mas o topo ficou com Guaratiba, mais perto do mar.
Um tema de todos
E o que dizer das inundações de chuvas violentas que acontecem localizadas em cidades do Brasil e do mundo? Parece que só falta a previsão do cineasta Glauber Rocha, no filme "Terra em Transe" se cumprir: "o mar vai virar sertão e o sertão vai virar mar".
No Rio, após o calorão, a forte chuva resultou em alagamentos de vias, derrubada de árvores e queda de estruturas.
"O tema da crise climática é tão sério que todos devemos nos envolver neste debate. Não é por acaso que nosso Sindicato criou uma secretaria específica da área. É sim, uma responsabilidade de toda a sociedade buscar alternativas sustentáveis para o planeta. Está em jogo a própria sobrevivência humana", declarou a diretora executiva da Secretaria de Meio Ambiente do Sindicato dos Bancários do Rio, Cida Cruz.
Ainda há negacionistas?
Não há como negar. Todos sentem na pele e na cabeça o calor extremo do efeito estufa, causado pela emissão excessiva de CO2 (Dióxido de Carbono)na atmosfera que agrava a crise climática.
"Existem saídas como o uso sustentável dos recursos naturais e de fontes renováveis, a preservação das florestas e a necessidade de priorizarmos o transporte público, que precisa ser eficiente e de qualidade, de preferência com transportes sobre trilhos. Mas, infelizmente, neste item dos transportes urbanos, o Brasil ainda está na contramão da história", completa Cida.
E, se ainda há insistentes negacionistas, o bom conselho é que eles também não esqueçam da sombrinha e do protetor solar quando forem a praia e, de preferência, durante o sol das primeiras horas da manhã.