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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro convida a categoria para a Festa da Consciência Negra, no próximo dia 25, de 11 às 17 horas, na Sede Campestre (Rua Mirataia, 121, Jacarepaguá). Para participar basta ser sindicalizado e levar o contracheque que você receberá uma pulseira tendo direito a dois acompanhantes e na compra de uma cerveja ganha outra grátis.
Os refrigerantes são de graça. Haverá muita música e dança, com show de reggae, charme e samba, e comidas e roupas típicas. Além de ser uma comemoração, será um momento de reflexão sobre a importância de ampliar a luta de combate ao racismo, neste mês da Consciência Negra. E, no caso específico do sistema financeiro, cobrar dos bancos a igualdade de tratamento entre brancos e negros, seja na contratação, seja na ascensão profissional.
Robson Santos, diretor da Secretaria de Políticas Sociais, lembrou que a presença negra nos bancos só existe na publicidade, como forma de esconder o racismo que se vê presente em todas as agências e prédios administrativos. “É um momento de reflexão a respeito da importância de mudar esta realidade e, ao mesmo tempo, de festejar as conquistas, como as cotas e a Lei Caó, que tipificou o racismo como crime”, disse.
O diretor da Secretaria de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, lembrou que no dia 20, Dia da Consciência Negra, estará sendo lembrada a saga de Zumbi dos Palmares, ícone da resistência e da luta pelo fim da escravidão. O dirigente lembrou que o racismo, mesmo com a chamada ‘abolição da escravatura’, continua presente até os dias de hoje, tendo se tornado estrutural, ou seja, presente em toda a sociedade.
Nos bancos
“No sistema financeiro não é diferente, bastando entrar em uma agência para verificar que os negros continuam sendo muito poucos. Por isto, a necessidade de contratar mais negros e negras e, também, dar a eles a mesma oportunidade dada aos brancos, de ocupar cargos importantes a escala hierárquica dos bancos, sejam eles privados e públicos”, defendeu.
O dirigente ressaltou a importância de debater as desigualdades no trabalho e na vida, “já que somos 57% de negros e negras na população brasileira”. E acrescenta que, apesar de a população negra ser maioria no país, o sistema financeiro é racista, pois somente 23,6% da categoria bancária são preenchidos por negras e negros.
“A discriminação de gênero é ainda mais aguda contra a mulher negra, que ganha em média 40,6% do salário de um bancário não negro”. Ele também lembra que “o salário dos trabalhadores negros e negras é em média 25% menor que o dos não negros”, lembrou.