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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Com informações da CUT
O presidente nacional da CUT, Sergio Nobre, dirigentes de outras centrais sindicais, e lideranças de movimentos populares participaram do “Ato Pela Paz e Valorização da Diplomacia Brasileira”, realizado na última terça-feira (14), em frente ao Teatro Municipal de São Paulo.
O protesto repudiou o massacre ao povo palestino por Israel, após a contraofensiva do exército israelense em resposta aos ataques do grupo Hamas, no dia em 7 de outubro, que matou e sequestrou judeus.
Para o presidente nacional da CUT, os ataques de Israel em Gaza, que têm matado milhares de palestinos, sendo 40% crianças, o que resultou em uma forte repulsa da opinião pública internacional, “não é uma guerra, mas sim um genocídio que o governo de Israel vem impondo ao povo palestino desde o início do conflito".
Números assustadores
Já são mais de 11 mil palestinos mortos, desde o início do conflito, sendo quase 5 mil crianças, além de 1.500 desaparecidos e mais de duas dezenas de milhares de inocentes feridos, segundo dados de organizações internacionais.
Na avaliação do líder cutista, o governo de extrema-direita do primeiro-ministro Israel Benjamin Netanyahu promove uma reação desproporcional em relação às 1.200 mortes nos ataques do Hamas.
“Estão chamando de uma guerra de Israel contra o Hamas, mas não é. Há um desequilíbrio total. O que está acontecendo na Palestina é um genocídio. Estão matando crianças, mulheres, idosos que não têm nada a ver com essa guerra”, disse Sergio Nobre, destacando, porém, que o Hamas ‘não representa o povo palestino’.
Cessar-fogo imediato
O presidente nacional da CUT disse ainda que "atos de repúdio são importantes “para chamar a atenção da sociedade, do governo brasileiro, dos governos envolvidos na guerra e do movimento sindical do mundo todo de que é urgente o cessar-fogo imediato”.
“Tem que acabar com essa guerra, tem que ter ajuda humanitária, em especial ao povo palestino, para que se possa reconstruir os laços de paz”, afirmou o presidente nacional da CUT.
Frente Palestina
Participaram do ato, dirigentes nacionais da Central, da CUT São Paulo, lideranças da Força Sindical, CTB, CSB, NCST e Pública. Além das centrais, o presidente do Fórum Latino-Palestino e coordenador da Frente Palestina, Mohamed Al-kadri, destacou em sua fala disse “que a luta dos trabalhadores e das trabalhadoras contra a exploração é universal e que a adesão das centrais sindicais fortalece os eventos, os atos e a luta em prol da causa palestina”.
Nota oficial
A CUT já havia condenado as ações excessivas e desumanas cometidas por Israel contra o povo palestino desde o início desse conflito. Condenou também o ataque do Hamas que matou e sequestrou cidadãos israelenses.
Solidariedade global
Nobre lembrou ainda que defender a paz é, antes de tudo, defender a vida e declarou que o sentimento de solidariedade da classe trabalhadora é em nível global.
"A classe trabalhadora é internacional. Temos os mesmos problemas em todos os cantos do planeta. Construímos relação de irmandade com as centrais sindicais de todo o mundo, em especial com o povo que mais sofre ", acrescentou o dirigente sindical brasileiro.
Nas guerras, destaca o presidente nacional da CUT, “quem paga a conta é a classe trabalhadora, o povo mais pobre, o desempregado”.
Problema históricoA vice-presidenta nacional da CUT, Juvandia Moreira, também participou do ato e destacou a importância de os trabalhadores irem às ruas para prestar solidariedade ao povo palestino.
“As centrais têm que estar nas ruas, sim. Esse é um problema da humanidade. São milhares mortes, com uma resposta do governo de Israel, que é uma coisa desproporcional e absurda, e que já vem há muitos anos se arrastando daquela forma”, disse a dirigente.
Brasileiros resgatados
Na noite da última segunda-feira (13), mais um avião com 32 brasileiros e familiares palestinos resgatados de Gaza chegou ao Brasil. Eles foram recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além da primeira-dama, Janja da Silva, e uma comitiva de ministros. No total, o governo federal já resgatou 1.477 brasileiros da zona de conflito no Oriente Médio em voos da Força Aérea.
Para Sergio Nobre, a figura de Lula perante o mundo é de um líder ‘com autoridade para defender a paz’, como vem defendendo.
“Estive na ONU junto com presidentes de outras centrais brasileiras quando Lula fez seu discurso na abertura da Conferência das Nações Unidas. Fiquei emocionado porque faltava no mundo uma voz com autoridade e defesa da paz, dos direitos humanos, da centralidade do trabalho no mundo e o discurso de Lula foi firme em defesa da paz", destacou.
“Lula disse que o que está acontecendo na palestina é um massacre, não uma guerra. E Lula tem autoridade para falar isso. Hoje, ele não é só um presidente que representa a classe trabalhadora brasileira, mas é o presidente da classe trabalhadora mundial. E faltava no mundo essa voz com essa autoridade”, concluiu o presidente cutista.