Terça, 07 Novembro 2023 15:54

Pesquisa revela que 76% dos israelenses querem renúncia do primeiro ministro Netanyahu

Novas manifestações em Israel pedem a queda de premier, considerado culpado por falhas na segurança que resultaram em ataques do Hamas
Israel devasta Gaza após ataque do Hamas. Já são mais de 10 mil mortos, sendo 40% crianças em função dos bombardeios. Crise humanitária agrava impopularidade do primeiro ministro de Israel, Benjamim Netanyahu Israel devasta Gaza após ataque do Hamas. Já são mais de 10 mil mortos, sendo 40% crianças em função dos bombardeios. Crise humanitária agrava impopularidade do primeiro ministro de Israel, Benjamim Netanyahu Foto: Mohammed Salen (EBC/Reuters)

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Manifestantes realizam, nesta terça-feira (7), um protesto contra o primeiro ministro de Israel, Benanjamim Netanyahu, em frente à residência do premier. A revolta popular já tomava as ruas de Israel antes mesmo do conflito ter iniciado em território israelense, após o ataque do grupo Hamas, uma das forças paramilitares dos palestinos. 

A população considera o premier culpado pelas falhas na segurança que permitiram os ataques do Hamas em território israelense no último dia 7 de outubro, que resultou em 1.400 mortes e 240 reféns levados para a região de Gaza. A ação do Hamas foi uma ação em resposta às condições de vida sub-humanas dos palestinos na região, imposta pelo governo de Israel e em defesa da criação do estado da Palestina. 

Impopularidade 

Netanyahu, cuja impopularidade já estava em alta em função de acusações de corrupção e por seu governo ter rompido o processo de tentativa de acordos de paz entre judeus e palestinos, viu sua aprovação desabar após a contraofensiva das forças militares israelenses. Segundo o instituto Lazar, 73% do povo israelense não vê Netanyahu como a pessoa certa para governar o país. Outra pesquisa, feita pelo Canal 13 de Israel, divulgada no último sábado (4) revela que 76% dos israelenses querem a renúncia do premier e 64% querem novas eleições imediatamente.

Crise humanitária

Externamente, a situação do primeiro-ministro se agrava. Cresce na opinião pública internacional que a contraofensiva das forças armadas de Israel passou da mão na faixa de Gaza, atacando hospitais, desabastecendo a região de água, energia elétrica e combustíveis. Os bombardeios já mataram mais de 10 mil pessoas, sendo que 40% são crianças. Os ataques aéreos estão, inclusive, impedindo que refugiados possam escapar da guerra, levando o governo do Egito a suspender novas autorizações para receber estrangeiros, inclusive de brasileiros, agravando a crise humanitária.

O voto dos EUA no Conselho de Segurança d ONU (Organização das Nações Unidas) contra um cessar-fogo para que fosse dada assistência médica aos feridos e criada uma rota de abastecimento de água, combustíveis e alimentos agravou ainda mais a situação em Gaza, criando uma onda de solidariedade aos palestinos e estrangeiros da região.

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