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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Manifestantes realizam, nesta terça-feira (7), um protesto contra o primeiro ministro de Israel, Benanjamim Netanyahu, em frente à residência do premier. A revolta popular já tomava as ruas de Israel antes mesmo do conflito ter iniciado em território israelense, após o ataque do grupo Hamas, uma das forças paramilitares dos palestinos.
A população considera o premier culpado pelas falhas na segurança que permitiram os ataques do Hamas em território israelense no último dia 7 de outubro, que resultou em 1.400 mortes e 240 reféns levados para a região de Gaza. A ação do Hamas foi uma ação em resposta às condições de vida sub-humanas dos palestinos na região, imposta pelo governo de Israel e em defesa da criação do estado da Palestina.
Impopularidade
Netanyahu, cuja impopularidade já estava em alta em função de acusações de corrupção e por seu governo ter rompido o processo de tentativa de acordos de paz entre judeus e palestinos, viu sua aprovação desabar após a contraofensiva das forças militares israelenses. Segundo o instituto Lazar, 73% do povo israelense não vê Netanyahu como a pessoa certa para governar o país. Outra pesquisa, feita pelo Canal 13 de Israel, divulgada no último sábado (4) revela que 76% dos israelenses querem a renúncia do premier e 64% querem novas eleições imediatamente.
Crise humanitária
Externamente, a situação do primeiro-ministro se agrava. Cresce na opinião pública internacional que a contraofensiva das forças armadas de Israel passou da mão na faixa de Gaza, atacando hospitais, desabastecendo a região de água, energia elétrica e combustíveis. Os bombardeios já mataram mais de 10 mil pessoas, sendo que 40% são crianças. Os ataques aéreos estão, inclusive, impedindo que refugiados possam escapar da guerra, levando o governo do Egito a suspender novas autorizações para receber estrangeiros, inclusive de brasileiros, agravando a crise humanitária.
O voto dos EUA no Conselho de Segurança d ONU (Organização das Nações Unidas) contra um cessar-fogo para que fosse dada assistência médica aos feridos e criada uma rota de abastecimento de água, combustíveis e alimentos agravou ainda mais a situação em Gaza, criando uma onda de solidariedade aos palestinos e estrangeiros da região.