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Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Olyntho Contente*
Imprensa SeebRio
Em nota oficial divulgada na última quarta-feira (1º/11), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) defendeu o direito do povo palestino a ter seu território, condenou o extermínio que Israel vem impondo à população civil na Faixa de Gaza e exigiu a libertação dos reféns em poder do Hamas, entre outras resoluções. No documento, a maior central sindical da América Latina, condenou as atrocidades cometidas por Israel em retaliação aos ataques do Hamas em seu território, em 7 de outubro.
Em sua nota oficial, a CUT questionou a estratégia expansionista e colonialista da extrema direita israelense, afirmando poder vir a se constituir em um verdadeiro genocídio contra as 2,6 milhões de pessoas que vivem na Faixa de Gaza, em sua maioria mulheres e crianças. Ao mesmo tempo a Central condenou o ataque do Hamas que vitimou mais de mil pessoas e sequestrou outras centenas, exigindo a libertação dos reféns israelenses, entre eles jovens, crianças e mulheres.
Cessar-fogo imediato
A CUT exigiu ainda um cessar-fogo imediato, a suspensão do cerco à Gaza – com acesso urgente da população a comida, água, medicamentos, energia, combustível e demais serviços básicos. “É inadiável e urgente a retomada das negociações do Estado de Israel com os legítimos representantes do povo palestino”, diz o texto.
A Central Única dos Trabalhadores sempre foi solidária à luta pela autodeterminação do povo palestino – direito que lhe é negado há 75 anos pelo Estado de Israel em sua política colonial de ocupação e bloqueio de territórios.
Leia a íntegra da resolução assinada pelo presidente da CUT, Sérgio Nobre, o Secretário de Relações Internacionais, Antonio Lisboa, o secretário-geral Renato Zulato e o secretário-geral adjunto, Aristides Veras dos Santos. O texto pode ser baixado em PDF aqui.
Resolução em Solidariedade ao Povo Palestino
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) sempre foi solidária à luta pela autodeterminação do povo palestino – direito que lhe é negado há 75 anos pelo Estado de Israel em sua política0 colonial de ocupação e bloqueio de territórios.
A extrema direita israelense construiu e vem por décadas implementando uma estratégia de extermínio do povo palestino. Essa estratégia acabou fortalecendo grupos fundamentalistas e enfraquecendo os representantes laicos e democráticos do povo palestino, inviabilizando, dessa forma, as tentativas de solução pacífica dos conflitos, promovidas pela ONU e pela Comunidade Internacional.
A CUT repudia os atos de terror que vitimaram mais de mil civis israelenses, incluídas idosos crianças, mulheres grávidas e, inclusive, brasileiros, no último dia 7 de outubro.
Nos causa estranheza que um sistema de inteligência e informação tido com um dos mais avançados do mundo, como o de Israel, não tenha detectado antecipadamente a preparação dos ataques promovidos pelo grupo Hamas. Nesse sentido, a própria imprensa israelense, como o prestigioso jornal Haaretz, atribui a responsabilidade pela atual situação no Oriente Médio ao governo de Netanyahu, um governo racista, colonizador, autoritário e belicista, que criou uma situação de ataques cotidianos aos palestinos também na Cisjordânia, em Jerusalém oriental, e que foi questionado por grandes mobilizações dentro do próprio Estado de Israel.
A CUT repudia que os ataques perpetrados pelo Hamas estejam sendo utilizados pela extrema direita israelense para escalar sua estratégia expansionista e colonialista – que pode se constituir em um verdadeiro genocídio contra o povo palestino.
A CUT soma sua voz à de todos aqueles que no plano internacional condenam de forma veemente os crimes de guerra cometidos pelo governo sionista de Israel e exige um cessar-fogo imediato, a suspensão do cerco à Faixa de Gaza – com acesso urgente da população a comida, água, medicamentos, energia, combustível e demais serviços básicos. É inadiável e urgente a retomada das negociações do Estado de Israel com os legítimos representantes do povo palestino.
A CUT reafirma seu incondicional apoio às reivindicações pela libertação imediata dos reféns e dos presos políticos, pela garantia do direito de retorno aos refugiados e pela derrubada imediata do muro do apartheid e dos “checkpoints” que submetem diariamente as trabalhadoras e os trabalhadores palestinos a humilhações.
A CUT reconhece e manifesta seu apoio aos esforços realizados pelo governo do Brasil, liderado pelo Presidente Lula, para mediar uma resposta diplomática à crise e para facilitar a repatriação das brasileiras e dos brasileiros da região do conflito.
Por fim, a CUT continua defendendo que o direito internacional, as resoluções da ONU, a primazia da dignidade da pessoa humana e dos direitos humanos sejam respeitados. O direito dos palestinos a um Estado nacional soberano – negado ainda hoje – é inegociável e continua contando com o nosso histórico endosso.
São Paulo, 1º de novembro de 2023.
*Com informações do site da CUT.