O I Encontro do BB Black Power, realizado no auditório do Sindicato dos Bancários do Rio, no último final de semana, foi um importante passo na luta dos trabalhadores em defesa de políticas afirmativas e do fim do racismo no banco público e na sociedade.
O evento teve palestras e debates no sábado (28), com temas como “o letramento racial”, o fenômeno do “colorismo” no Brasil, a carreira dos negros e negras no Banco do Brasil e a saúde da população preta, além de uma roda de conversa com funcionários negros. No domingo (28), aconteceu uma visita à chamada “Pequena África”, no Cais do Valongo, na Praça da Harmonia, na Pedra do Sal e outros locais históricos marcantes do povo negro escravizado no Brasil.

Afinidade ético-racial

Ficou definido no encontro que as resoluções serão incluídas num formulário que será distribuído para todos os participantes do evento votarem as propostas que serão levadas à empresa.
Entre as pautas, estão a defesa de políticas afirmativas e o fim do racismo no banco público e na sociedade.
Para os participantes do evento ficou uma certeza: a saída para a superação do racismo está na luta e na conectividade coletivas, com união e afeto, em contraponto à sociedade capitalista que dissemina a ideia de que a ‘prosperidade’ e a ‘felicidade’ só dependem exclusivamente do mérito e do desempenho.
Houve ainda a apresentação do projeto do Grupo de Afinidade Étnico-racial da Asset Management, criado por funcionários da empresa do BB que é voltada aos fundos de investimentos. Foi anunciado ainda uma jornada Étnico-Racial, inclusive envolvendo os trabalhadores terceirizados. O projeto, que inclui a criação de grupos de afinidades, busca ainda garantir o mesmo percentual de negras e negros em relação aos brancos na empresa.
Confira em nosso site, a cobertura completa do evento: www.bancariosrio.org.br.