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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Com informações da Contraf-CUT
É comum na atuação do movimento sindical, a presença de muitas cabeças brancas e sindicalistas com décadas de atuação. A renovação do movimento sindical, com jovens atuantes e com consciência política e de classe, é fundamental para o futuro da organização coletiva dos trabalhadores, numa sociedade em que a grande mídia e o modelo de gestão das empresas disseminam o individualismo e a alienação da realidade.
Por isso, para rejuvenescer e atrair mais jovens para a luta de classe, a Plenária Nacional da Juventude da CUT, realizada no 14º Congresso Nacional da Central (CONCUT), que acontece até domingo (22) no Expo Center Norte, na capital paulista, o tema foi debatido e considerado um dos principais desafios da representação sindical.
“Se estamos no movimento sindical é para construir uma sociedade justa, porque lutamos por direitos e a participação da energia e garra da juventude são componentes essenciais para isso”, destacou o deputado federal Carlos Veras (PT-PE) no encontro. O parlamentar foi convidado para a plenária porque atuou na “juventude cutista”. Ele disse que metade dos jovens está trabalhando informalmente para empresas de aplicativos e que é preciso atrair essa juventude para a luta sindical.
Atrair mais jovens
A presidenta da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) e vice da CUT nacional, Juvandia Moreira, concordou com a afirmação do deputado.
“Atrair a juventude para lutas nossas, e que também são dos jovens, é uma prioridade, sobretudo no atual momento político que estamos, de reconstrução do Brasil. Esse encontro, que realizamos hoje, é importante para pensar em como fortalecer, estimular e ampliar a participação dos jovens”, destacou.
Políticas públicas
Juvandia lembrou que entre 2019 e 2022, o então governo de Jair Bolsonaro (PL) cortou 93% do orçamento da Secretaria de Juventude, além de acabar com políticas públicas para esse grupo, estabelecidas nos governos anteriores, de Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT), quando, historicamente, ocorreram os maiores investimentos em oportunidades e garantias de direitos aos jovens, garantindo a ampliação no acesso ao mercado de trabalho, ao crédito, à renda, à terra, aos esportes, lazer e cultura.
Em julho deste ano, o governo Lula recriou o Comitê Interministerial da Política Pública de Juventude (COIJUVE), órgão que faz a gestão e o monitoramento das políticas públicas destinadas à juventude, considerado um passo importante para a retomada de políticas para o jovem trabalhador.
Formação sindical
Os participantes defenderam ainda na plenária mais oportunidades para os jovens ingressarem no movimento sindical.
“Muitas vezes as pessoas [jovens] chegam no movimento sindical por uma luta individual, uma dificuldade do seu local de trabalho, da sua comunidade, e acaba compreendendo que é um problema de luta de classe”, explicou a secretária de Formação da CUT Nacional, Rosane Bertotti.