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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Olyntho Contente
Arte: Inca
Imprensa SeebRio
Durante todo este mês, uma série de atividades em todo o mundo têm marcado a campanha do Outubro Rosa 2023. O objetivo é divulgar informações sobre o câncer de mama e fortalecer as recomendações para prevenção, diagnóstico precoce e rastreamento da doença.
O Sindicato fará um debate, no próximo dia 30, a respeito do assunto. A palestrante convidada é Fátima Sueli Neto Ribeiro professora da UERJ, coordenadora do Grupo de Ensino e Pesquisa em Epidemiologia do Câncer e doutora em Epidemiologia e Câncer Relacionado ao Trabalho pela Universidade de São Paulo (USP).
“É através da informação que a gente pode encontrar formas de se prevenir, evitar e tratar a doença o que se faz de maneira mais eficaz quando descobrimos no início. Este tema é tão relevante que não deveria ser lembrado apenas neste mês de outubro, mas sempre”, afirmou a diretora do Sindicato, Tânia Belém, que trabalha na organização do debate do dia 30. “A Secretaria de Saúde do Sindicato vai organizar este evento para alertar as bancárias da importância de ter esta preocupação porque se descoberto no início, há uma possibilidade de 95% de cura. É importante, portanto, fazer o exame de toque, ter acompanhamento médico e fazer os exames rotineiramente”, aconselhou.
Saiba mais
O movimento internacional de conscientização para a detecção precoce foi criado no início da década de 1990, quando o símbolo da prevenção ao câncer de mama — o laço cor-de-rosa — foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York (EUA) e, desde então, promovida anualmente.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca) os principais sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).
O diagnóstico precoce do câncer de mama permite um tratamento menos agressivo e aumenta as chances de cura. Aproximadamente 80% dos casos são descobertos pelas próprias mulheres, por isso é fundamental saber como fazer o autoexame de mama e transformar esse cuidado em um hábito na sua vida.
O autoexame é indicado para todas as mulheres a partir dos 20 anos. Como as mamas podem ficar inchadas antes e durante o período menstrual, a recomendação é fazer o exame 7 dias depois do início do sangramento. No caso das mulheres que estão na menopausa, o ideal é escolher uma data fixa todos os meses. Um autoexame completo é realizado em três etapas: a observação em frente ao espelho, a apalpação durante o banho e a apalpação deitada.
Caso sinta algum nódulo ou mudança na textura ou tamanho, procure um médico ginecologista. Ele realizará o exame clínico de mama e poderá solicitar a mamografia.
O câncer de mama
Ainda segundo o Inca o câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. Cerca de 2,3 milhões de casos novos foram estimados para o ano de 2020 em todo o mundo, o que representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas nas mulheres. As taxas de incidência variam entre as diferentes regiões do planeta, com as maiores taxas nos países desenvolvidos.
Para o Brasil, foram estimados 73.610 casos novos de câncer de mama em 2023, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres.
O câncer de mama também ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil, com taxa de mortalidade ajustada por idade, pela população mundial, para 2021, de 11,71/100 mil (18.139 óbitos). As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Fatores de risco
Não há uma causa única para o câncer de mama. Diversos fatores estão relacionados ao desenvolvimento da doença entre as mulheres, como: envelhecimento, determinantes relacionados à vida reprodutiva da mulher, histórico familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficente e exposição à radiação ionizante.
Os principais fatores são:
Comportamentais/Ambientais
Obesidade e sobrepeso, após a menopausa
Atividade física insuficiente (menos de 150 minutos de atividade física moderada por semana)
Consumo de bebida alcoólica
Exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X, tomografia computadorizada, mamografia etc.)
História de tratamento prévio com radioterapia no tórax
Aspectos da vida reprodutiva/hormonais
Primeira menstruação (menarca) antes de 12 anos
Não ter filhos
Primeira gravidez após os 30 anos
Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos
Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona)
Ter feito terapia de reposição hormonal (estrogênio-progesterona), principalmente por mais de cinco anos
Hereditários/Genéticos
Histórico familiar de câncer de ovário; de câncer de mama em mulheres, principalmente antes dos 50 anos; e caso de câncer de mama em homem
Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.
A mulher que possui esses fatores genéticos tem risco elevado para câncer de mama.