EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Como você se sente ao ter a PLR garantida? Qual a sua reação quando recebe reajuste salarial? O que você acha de ter direito a auxílio-refeição/alimentação, 13ª cesta alimentação, auxílio creche/babá, auxílio educação, auxílio para filhos com deficiência, licença paternidade estendida e folga assiduidade, entre outros direitos conquistados?
Nada disso foi dado de presente, mas é fruto de muita luta e organização da categoria bancária. As negociações realizadas pelo Comando Nacional dos Bancários, do qual o Sindicato dos Bancários do Rio faz parte, não são fáceis, como explica a diretora do Sindicato e presidenta da Federa-RJ (Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro) Adriana Nalesso.
“Os banqueiros contam com equipe profissionalizada para tentar impor, na mesa de negociação, os menores custos possíveis para as instituições financeiras. Não é difícil perceber que, se dependesse da boa vontade deles, nada disso seria garantido à categoria. Só temos direitos porque sentamos à mesa de cabeça erguida, com força e tendo uma categoria unida e forte, que não foge da luta”, afirma Nalesso.
Prevista na CCT
A Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários e bancárias, que vem sendo renovada a cada dois anos com sucesso e sem perdas de cláusulas econômicas e sociais, é o documento que assegura direitos. É a CCT, em sua cláusula 11, que também estabelece que toda a categoria deve contribuir com as entidades sindicais. A Contribuição Negocial é aprovada em assembleia, na ocasião em que a CCT é submetida à avaliação. É com esses recursos que as entidades que representam bancários e bancárias garantem estrutura para participar do processo negocial e também para manter o sindicato vivo.
“Sentamos à mesa com a Fenaban munidos de dados e estratégias que são fruto de trabalho árduo dos dirigentes, mas também das assessorias: economistas e advogados se dedicam a municiar nossos representantes em cada campanha salarial, fazendo frente aos profissionais pagos pelos bancos”, destaca a vice-presidenta do Sindicato Kátia Branco.
Estrutura tem custo
As negociações são realizadas em longos processos e exigem também que as entidades custeiem, por exemplo, transporte, estadia e alimentação para viagens a São Paulo e Brasília, onde estão localizadas as sedes dos bancos.
Mas a missão do Sindicato vai além da negociação, passando por lutas cotidianas que envolvem situações específicas, como o combate às demissões e ao assédio moral, apenas para ficar em alguns exemplos. Isso exige mobilização permanente da categoria e demanda equipes de comunicação bem estruturadas, departamento jurídico forte, funcionários (as) que mantenham a estrutura necessária para atender a cada trabalhador (a).
Importância da contribuição
O bancário e a bancária encontram no Sindicato atendimento e orientação também na área de saúde; um departamento jurídico que tem somado vitórias em centenas de reintegrações; uma sede campestre estruturada que possibilita integração e lazer.
Nada disso seria possível sem a contribuição de cada trabalhador e trabalhadora. Hoje, não existem outras fontes de recursos para as entidades sindicais.
“A contribuição de cada um e cada uma de nós, por meio da mensalidade sindical ou da contribuição negocial fruto das conquistas nos reajustes de salários e PLR, é vital para que o nosso Sindicato continue vivo. Da mesma forma, os banqueiros sustentam financeiramente a Fenaban. Eles sabem o quanto isso é importante. Nós também sabemos”, ressalta Adriana.
A categoria é quem decide
A decisão da categoria, ratificada em cada assembleia, de realizar desconto para todos os bancários e bancárias, sindicalizados ou não e sem possibilidade de carta de oposição é fruto da consciência sobre a necessidade de contar com sindicatos fortes para que trabalhadores e trabalhadoras não sejam massacrados. A carta de oposição significaria perder direitos que estão sendo preservados há muitos anos e de forma nacional.
Imagine sua vida sem as conquistas previstas na CCT. Imagine você negociando individualmente direto com o dono do banco ou seus profissionais contratados sem contar com o seu Sindicato para representá-lo (a)".
"A contribuição descontada a cada PLR ou reajuste recebido é muito pouco frente aos direitos conquistados. Se houver mais entendimento do papel que as entidades sindicais cumprem e do quanto elas são importantes, se houver mais participação e debate, teremos muitas outras conquistas e compreenderemos que as contribuições são a comprovação de que temos avançado e estamos no caminho certo”, explica o presidente do Sindicato, José Ferreira.