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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Em quase todos os estados e em Brasília trabalhadores e estudantes foram às ruas participar de manifestações em defesa dos serviços públicos prestados à população, como saúde, educação, previdência social, e das estatais, como a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Os participantes das manifestações criticaram os cortes feitos pelos governos Temer e Bolsonaro nas áreas sociais e as privatizações e cobraram mais investimentos do governo Lula. Os servidores públicos federais que estão em campanha salarial, também fizeram paralisações e atos, .
Ato no Rio
No Rio de Janeiro, uma passeata saiu da frente do prédio da Eletrobras, na Avenida Presidente Vargas, passando pelos fundos da Igreja da Candelária, por volta das 16 horas, agitando a Avenida Rio Branco, entrando na Avenida Chile. Ali, a manifestação terminou com um ato em frente ao Edifício-Sede da Petrobras, empresa pública que completou 70 anos nesta terça-feira, dia 3 de outubro.
A presidenta em exercício do Sindicato, Kátia Branco, frisou a importância da resistência que impediu que o governo Bolsonaro privatizasse a Petrobras, o BB e a Caixa. Falou da luta dos trabalhadores da Sabesp (empresa de água e esgoto de São Paulo) e dos metroviários paulistas, em greve neste dia 3 contra a privatização das duas empresas, e dos servidores e alunos da Universidade de São Paulo (USP), também paralisados reivindicando a contratação de professores.
Exemplo vem da Europa
A passeata exigiu, ainda, a reestatização da Eletrobrás. A empresa foi privatizada no final do governo Bolsonaro, em uma venda a preço de banana, numa transação cheia de irregularidades. Pelas regras do leilão, apesar de ter ficado com 40,3% das ações com direito a voto, o governo só pode votar como se tivesse apenas 10%. E se desejar recomprar o que vendeu, terá que pagar o triplo do valor da venda.
“Na Europa mais de 800 empresas privatizadas nos anos 80 e 90 foram reestatizadas em função do fracasso do modelo de privatizações, que encareceu as tarifas pagas pelos contribuintes e não ofereceu serviços de qualidade. Esperamos que o Brasil aprenda a lição do Velho Mundo”, disse Kátia Branco.