O Departamento Jurídico do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro conseguiu mais uma vitória na Justiça Trabalhista. Desta vez a beneficiada foi Zélia Barros Palhares, do Bradesco, demitida irregularmente pelo banco. A bancária é mais uma vítima de doença ocupacional gerada pelo próprio modelo de gestão de metas que impõe assédio moral e adoece os trabalhadores.
"Recebemos cada vez mais denúncias da categoria que sofre pressão psicológica, assédio e ameaças de demissão para o atingimento de metas. Além do trabalho do nosso Jurídico que tem resgatado o emprego e os direitos dos bancários, vamos continuar denunciando à sociedade e ao Ministério Público do Trabalho o desrespeito do banco para com os funcionários e a população, já que o Bradesco se nega a prestar serviços presencialmente nos caixas, o que fere o direito do consumidor", disse o diretor do Sindicato Wanderlei Souza.
O juiz André Amorim Franco, da 17ª Vara de Trabalho do Rio de Janeiro, destacou ainda, em sua decisão, que o Banco, no momento da dispensa, desprezou o fato de a bancária estar doente e em tratamento médico. O advogado do Sindicato Marcelo Luis Pacheco, esteve à frente do processo.
"Este modelo de gestão dos bancos privados é insustentável e vamos prosseguir trabalhando para garantir o emprego e os direitos dos bancários e bancárias " explica a diretora do Jurídico do Sindicato, presidenta da Federa-RJ e vice da CUT-RJ, Adriana Nalesso.