Segunda, 02 Outubro 2023 21:22

Proposta da Caixa reduz salário e é considerada indecente pela CEE

A diretoria da Caixa Econômica Federal (CEF) surpreendeu ao apresentar, em negociação no último dia 28 a proposta de retomar as designações das funções de caixa e tesoureiro, porém, apresentando condicionantes consideradas indecentes pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE). Uma delas seria negociar o adicional de quebra de caixa somente para os que não recebiam gratificação da função.
Previsto em normativo interno, o adicional foi extinto pelo banco, prejudicando milhares de empregados que lidam com numerários. A Caixa também ofereceu a possibilidade de acordos via CCV/CCP somente para quem não tem ação judicial cobrando o pagamento da quebra de caixa.
Pior ainda, pela proposta, os tesoureiros migrariam automaticamente da jornada de 8 horas para 6 horas, com redução salarial proporcional, com a possibilidade de acordos nas Comissões de Conciliação (CCV/CCP). A coordenadora da CEE/Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, criticou a proposta.
“Esta comissão não vai abrir mão de direitos dos colegas. Queremos avançar na questão das designações, entre outros pontos. Contudo, sem comprometer as ações judiciais, sejam elas individuais ou coletivas das entidades. Além disso não aceitamos migração compulsória da jornada de 8 horas para 6 horas dos tesoureiros. Já negamos em mesa essa migração automática. Afinal, há toda uma organização de vida pessoal baseada no salário”, afirmou, afastando a possibilidade de aceitar o rebaixamento salarial.

Proposta tem que mudar

No encontro, Fabiana disse que para que a negociação avance, além destes pontos de atenção já colocados, a CEE precisa da apresentação de dados por parte da Caixa. “Queremos saber quantos colegas têm função de caixa efetivo, assim como tesoureiro; quantos estão designados por prazo; quantos exercem a atividade minuto; se em tempo integral, ou parcial”, exemplificou.
“Cobramos também que, caso a proposta avance, os colegas que exercem a atividade minuto, ou têm designação por prazo, sejam efetivados sem necessidade de PSI (Processo de Seleção Interna), até porque já fazem o trabalho. E de imediato já termos 500 designações”, informou.
A Caixa analisará as considerações gerais dos representantes dos trabalhadores e dará retorno na próxima reunião de negociação.

IR de ação da 7ª e 8ª horas e de quebra de caixa será feito pela CEF

Uma dúvida que tem surgido entre os beneficiários do acordo da ação coletiva da 7ª e 8ª horas e da "quebra de caixa" é em relação ao Imposto de Renda que incide sobre os valores recebidos pelos bancários.
"O valor que estamos pagando aos beneficiários das ações são líquidos e o bancário não precisa se preocupar com o recolhimento de IR que, pelo acordo, ficou a cargo da empresa, nos casos em que a planilha identificar a incidência do imposto. Portanto, os beneficiários não precisam se preocupar com relação a isso", explicou o diretor do Sindicato, Adriano Campos.

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