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Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Com informações da Contraf-CUT
O setor bancário perdeu 634 postos de trabalho em julho, Os números são da Pesquisa do Emprego Bancário (PEB), realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), baseado nos dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
“Este é o décimo mês consecutivo com redução do número de postos de trabalho no sistema financeiro. Está provado que as denúncias do movimento sindical de que os bancos impõem uma política de demissões em massa com o único intuito de reduzir custos e lucrar ainda mais são uma realidade”, disse a presidenta em exercício do Sindicato dos Bancários do Rio Kátia Branco.
O último mês com aumento de postos foi em setembro de 2022. Desde então, nos dez meses seguintes, houve uma redução de 6.273 postos de trabalho na categoria bancária.
“Identificamos que houve redução de postos de trabalho tantos nas pequenas agências bancárias quanto nas matrizes, onde há alocação de grande número de trabalhadores”, disse a economista Vivian Machado, do Dieese, uma das responsáveis pela pesquisa, em entrevista ao site da Contraf-CUT.
Extinção de agências e demissões
Os dados de 2023 mostram que, de janeiro a julho, 61,09% dos postos de trabalho reduzidos (3.494) foram em estabelecimentos com até 50 empregados e 22% (1.258) nas unidades com mais de 1.000 trabalhadores.
“Os bancos estão extinguindo agências físicas, há casos inclusive, como o Bradesco, em que os clientes estão sendo coagidos a fazer as operações nas plataformas digitais, impedidos de ter acesso aos caixas presenciais. Exigimos respeito com a categoria e os clientes e vamos continuar denunciando à sociedade a ausência de responsabilidade social dos banqueiros”, criticou Kátia.
Municípios sem agências
Dados do Banco Central mostram que 42% dos municípios brasileiros não possuem nenhuma agência bancária.
“Os bancos estão extinguindo unidades físicas em todo o país e pequenos municípios ficam sem ter acesso aos serviços bancários pois não têm mais agências. Somente a sociedade mobilizada pode impedir isso, pois estes serviços são importantes para o desenvolvimento econômicos destes municípios”, explicou Kátia.
A participação de bancários e bancárias no ramo financeiro é cada vez menor, sendo a categoria substituída por terceirizados, correspondentes e trabalhadores de outros setores.
“Os bancos tentam reduzir custos e acabar com os direitos, contratando trabalhadores de outros setores pois sabem da força da organização sindical de nossa categoria, o que garante um piso salarial maior e conquistas previstas na Convenção Coletiva de Trabalho, que tem alcance nacional. Por isso é fundamental ampliarmos a representação por ramo”, concluiu a presidenta em exercício.
Apesar da redução dos bancários, no ramo financeiro como um todo foram abertos 1.866 postos de trabalho em julho. Nos últimos 12 meses, foram criados 15,8 mil postos de trabalho, uma média de 1,3 mil postos/mês.
Dentre as atividades do ramo financeiro que apresentaram maior saldo positivo em julho, destacam-se o crédito cooperativo (+1.038 postos); as atividades de intermediários em transações de títulos, valores mobiliários e mercadorias (+575 postos) e planos de saúde (+250 postos).
Clique no link abaixo e confira a análise do Dieese sobre o emprego bancário:
https://contrafcut.com.br/wp-content/uploads/2023/09/peb-no-26-setembro-2023.pdfhttps://contrafcut.com.br/wp-content/uploads/2023/09/peb-no-26-setembro-2023.pdf