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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Bancários e bancárias de todo o país realizaram nesta terça-feira, 12 de setembro, um Dia Nacional de Luta defendendo menos cobrança por metas e mais saúde na categoria. No Rio, além dos protestos houve paralisação parcial em algumas agências de Copacabana, na Zona Sul da cidade.
“Estamos aqui para protestar contra este modelo de gestão de metas que assedia, oprime, explora e adoece a categoria bancária. Não é possível que em pleno século XXI, quando as nações mais avançadas implementam a redução da jornada semanal, os bancos no Brasil continuem a querer impor trabalhos aos sábados e uma rotina cotidiana de pressão, assédio moral e sobrecarga de trabalho. Vamos lutar, juntos, por menos metas e mais saúde. A vida vale mais que o lucro”, disse a presidenta em exercício do Sindicato do Rio Kátia Branco.
Como resultado da pressão cada vez maior para atingimento de metas, pelo menos 42% dos trabalhadores do setor financeiro utilizam medicamentos controlados.
Exploração e assédio
A atividade contou com a participação de dirigentes sindicais da capital fluminense e da Federa-RJ (Federação das Bancárias e Bancários no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro).
“Estamos distribuindo panfletos, o Jornal Bancário e uma edição específica da Saúde neste ‘setembro amarelo’ em defesa da saúde e da vida e contra políticas que adoecem o trabalhador. Os bancos não respeitam os funcionários e nem os clientes” declarou o diretor executivo da Secretaria de Saúde do Sindicato, Edelson Figueiredo.
Setembro amarelo
Pela manhã, a campanha tomou conta das redes sociais com o tuitaço utilizando a hashtag #AVidaAcimaDoLucro. A campanha vai continuar durante todo este mês de setembro. O chamado setembro amarelo é uma campanha mundial em defesa da vida e de prevenção ao suicídio. A desmotivação no trabalho, a perseguição por parte de chefias, o medo de ser demitido e o assédio moral resultam em doenças emocionais e psíquicas que contribuem para levar a pessoa a idealizar a própria morte, segundo especialistas.
“O trabalhador em estado depressivo não deve se isolar. Precisa buscar apoio na família, amigos, ajuda de um profissional e do próprio Sindicato que está de portas abertas para ajudar todos os bancários e bancárias”, acrescentou Edelson.