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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Na edição passada do Jornal Bancário, publicamos na manchete, que a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), cuja segunda parcela os bancos têm até o dia 30 de setembro para pagar, não é uma concessão patronal, mas fruto de uma conquista da luta coletiva dos trabalhadores, garantida pelos bancários e bancárias na campanha salarial de 1992, após forte greve e mobilização. Seguimos com a série “Não é concessão, é direito”, em que vamos trazer toda a semana, a história de lutas que garantiu os direitos da categoria. Outra importante conquista, o descanso remunerado nos finais de semana, também é fruto da mobilização e da organização da categoria junto aos sindicatos.
Descanso remunerado
Em 1962, durante o governo democrático e popular de João Goulart, os trabalhadores alcançaram relevantes conquistas através da greve geral naquele ano, que durou 18 dias após o Brasil conquistar o bicampeonato de futebol na Copa do Mundo da Suécia. Uma dessas conquistas foi o 13º salário, sancionada pelo presidente Jango. Foi nesta conjuntura favorável, antes do golpe militar, que os bancários realizaram a greve que garantiu o descanso aos sábados. Até então, a jornada da categoria incluía o trabalho de segunda à sábado.
“É importante resgatarmos a história das lutas coletivas da categoria porque os mais jovens muitas vezes pensam que nossos direitos são concessões dos bancos e, na verdade, todas as conquistas são fruto da organização dos bancários e bancárias através dos sindicatos. Em todo mundo só há direitos quando os trabalhadores se organizam para lutar. Não é por acaso que, as nações mais prósperas do mundo são as que possuem os maiores níveis de sindicalização, como os países nórdicos, por exemplo. Direitos como PLR e o descanso nos finais de semana, com jornada diária de segunda à sexta-feira de seis horas, foram o resultado de muita luta de nossa categoria”, explica a presidenta em exercício do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Kátia Branco.