Quinta, 31 Agosto 2023 13:14

Dirigentes sindicais de 150 países participam de congresso da Uni Global

Bancários estiveram presentes no evento que defendeu união dos trabalhadores frente aos desafios do emprego na era digital e as desigualdades
A presidenta da Contraf-CUT Juvandia Moreira e dirigentes da Contraf-CUT participaram do 6⁰ Congresso da Uni Global Union A presidenta da Contraf-CUT Juvandia Moreira e dirigentes da Contraf-CUT participaram do 6⁰ Congresso da Uni Global Union Foto: Contraf-CUT

Carlos Vasconcellos  

Imprensa SeebRio 

Com informações da Contraf-CUT 

Dirigentes sindicais de 150 países participaram do 6⁰ Congresso da Uni Global Union realizado de domingo (27) a quarta-feira (30), naFiladélgia, nos EUA. A categoria bancária participou do encontro mundial representada pela presidenta da Conferederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Juvandia Moreira, o secretário-geral Gustavo Tabatinga, a secretária da Mulher Fernanda Lopes e da Juventude,  Bianca Garbelini.  

Temas debatidos

O lema do congresso foi "Rising Together" ("Levantando juntos") e os principais eixos debatidos foram a organização e a negociação coletiva; economia global coletiva; direitos humanos; democracia; justiça racial; crise climática; saúde e segurança.  Temas como igualdade de gênero e racial, combate ã desigualdade, defesa da previdência pública, empregos dignos na era digital, direitos dos jovens, paz mundial e desenvolvimento sustentável estiveram na pauta do encontro. 

"O lema 'levantar juntos' fala da nossa luta em defesa da democracia,  distribuição de renda, combate a todo tipo de desigualdade de gênero,  raça e orientação sexual e por uma economia verde que preserve o meio ambiente", destacou Juvandia. 

Lula e Bernie Sanders 

No painel de encerramento sobre "paz, democracia e direitos humanos " Juvandia leu uma mensagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na mensagem Lula ressaltou que, apesar de povos e línguas diferentes participarem do encontro, todos os participantes "falam a mesma linguagem,  a do trabalhador, que expressa a luta das pessoas oprimidas, que entoa canções de igualdadee embala sonhos de uma vida digna e de um futuro melhor".

O presidente brasileiro revelou ainda indignação pelo fato de "o mundo ter 635 milhões de pessoas passando fome enquanto as nações ricas gastam dinheiro em guerras". 

"Os recursos da humanidade precisam ser aplicados para proteger a vida, combater a fome e reduzir as desigualdades", acrescentou Lula em sua carta, voltando a defender o investimento das nações capitalistas mais ricas no combate à miséria e à fome e no desenvolvimento sustentável. 

"São os países pobres que abrigam as soluções para a crise climática, neles estão as florestas e o potencial de geração de energia sustentável. Financiar estes países é financiar o próprio futuro da humanidade", concluiu Lula, que demonstrou preocupação com o impacto das novas tecnologias e em especial da Inteligência Artificial na extinção de empregos, segundo ele, "criando uma máquina para gerar poucos bilionários enquanto que milhões de trabalhadores são lançados ao mercado informal,  sem direitos". 

O senador democrata estadosunidense Bernie Sanders, em sua participação, defendeu a democracia e a justiça social 

"A democracia é quando cada pessoa vale um voto é não quando multimilionários compram e corrompem políticos. Quando a concentração de propriedade e de renda é extrema, tudo corre perigo", declarou. 

 

 

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