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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Publicado: 17 Agosto, 2023 - 15h00 | Última modificação: 17 Agosto, 2023 - 15h10
Escrito por: Luiz Carvalho e Walbert Pinto | Editado por: Rosely Rocha
Com a primeira eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2002, um período de esperança e da construção de um país a partir do diálogo social teve início. Mas, a CUT sabia que era preciso lutar por ideias e ideais em um governo em disputa.
Na publicação de hoje, parte do nosso especial de aniversário de 40 anos da maior central sindical do país e da América Latina, vamos contar parte da história da classe trabalhadora entre 2004 e 2013, um período de crescimento e conquistas.
Diante de tantos desafios, a CUT elegeu como prioridade colocar em prática uma proposta que já era discutida e que seria fundamental para o ganho da renda de trabalhadores e trabalhadoras do país: a implementação da política de valorização permanente do salário mínimo.
A 1ª Marcha Nacional do Salário Mínimo aconteceu entre 13 e 15 de dezembro de 2004 e conseguiu fazer com que o valor-base para os ganhos salariais de muitas categorias passasse a crescer ano após ano com base no Produto Interno Bruto (PIB) e na inflação, e passasse a representar ganho real entre 2005 e 2016.
A política foi extinta durante o governo do ex-presidente, hoje inelegível, Jair Bolsonaro (PL) e retomada em 2023, quando Lula enviou ao Congresso um projeto de lei (PL) que a torna permanente.
As marchas das centrais sindicais, em Brasília, se tornaram uma tradição e importante espaço de negociação com o governo que, em 2008, enviou ao Congresso Nacional um PL que reconhecia essas entidades e atendeu a uma reivindicação histórica da CUT.
Juntas as organizações construíram plataformas para as eleições, realizaram lutas conjuntas e em 2010, promoveram a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, quando foi aprovada a Agenda da Classe Trabalhadora, documento com propostas para um projeto nacional de desenvolvimento com soberania e valorização do trabalho.
Entre plenárias e mobilizações, a CUT chegou a 2013, ano da 7ª Marcha Nacional da Classe Trabalhadora e de intensas lutas contra a terceirização sem limites, que acabou aprovada em 2017 com a reforma Trabalhista no governo do golpista Michel Temer (MDB), que no ano anterior havia retirado do poder Dilma Rousseff, uma presidenta eleita legitimamente pelo povo.
Golpe, aliás, que será tema de nosso próximo TBT. Até a próxima semana.