Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da 7ª Marcha das Margaridas levando uma palavra de esperança para todas as mulheres brasileiras.

“Os fascistas podem matar uma, duas, três margaridas, mas jamais impedirão a vinda da primavera”, disse Lula na abertura de seu discurso, sendo ovacionado pelas participantes e fazendo alusão a Margarida Maria Alves, trabalhadora rural e sindicalista paraibana assassinada por lutar em defesa da reforma agrária e pelos direitos das trabalhadoras e trabalhadores rurais e que deu nome à marcha. 

“É uma alegria enorme estar aqui mais uma vez e assinar diante de vocês, estes atos que convergem para a autonomia econômica e inclusão produtiva das mulheres rurais, retomando a reforma agrária com atenção especial às famílias chefiadas por trabalhadoras”, disse emocionado.

Agroecologia

O presidente defendeu ainda o apoio à agricultura familiar e sustentável.

“Os quintais produtivos para a segurança alimentar e nutricional, o estímulo maior para a agroecologia e a produção de comida de verdade e saudável, sem agressão ao meio ambiente, o acesso à terra, à titulação, ao crédito, aos equipamentos e a todo o apoio necessário para plantar e produzir cada vez mais para que as mulheres do campo, das florestas e ribeirinhas tenham seus direitos assegurados. O Brasil voltou com a ajuda das mãos de cada uma de vocês”, disse, Lula.

Brasil mais justo

Lula prometeu ainda um país mais justo e com igualdade de oportunidades.

“Eu reafirmo o nosso compromisso de construir um país mais justo e melhor, mais carinhoso com as mulheres e mais generoso com os mais pobres, um país em que nenhuma mãe do campo ou da cidade passe pelo sofrimento de não ter o que dar de comer aos seus filhos”, acrescentou, defendendo que todas as crianças e jovens tenham a oportunidade de estudar, um Brasil com mais empregos, oportunidades iguais e sem violência contra as mulheres.

Retomada da democracia

O presidente brasileiro dedicou às mulheres a sua vitória nas eleições de 2022 e a volta da democracia. 

“Mulheres do cerrado, da caatinga, da Amazônia, da mata atlântica, do Pantanal, dos quilombos e das terras indígenas, que plantam o alimento e semeiam o amor, de tantas lutas e história, vocês são partes fundamentais desse Brasil que volta à democracia, a justiça social e a busca do bem-viver”, destacou, dizendo que o governo não vai tolerar discriminação, misoginia e violência de gênero e nem mulheres ganhando menos salários que homens.  

“Voltei para fazer um Brasil sustentável, sem necessidade de destruir nossas florestas. O Brasil voltou para retomar a roda do crescimento, gerar empregos, mudar a vida dos mais pobres, era o que a gente fazia até antes do golpe contra a presidenta Dilma”, declarou, lembrando que retomou as políticas públicas destruídas nos últimos anos, por governos anteriores, criando linha de crédito mais barato para mulheres e beneficiando trabalhadoras do campo e das cidades.