EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Olyntho Contente
Foto: Nando Neves
Imprensa SeebRio
O segundo dia do 17ª Congresso da CUT do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (11/8), teve à tarde uma homenagem aos 40 anos de fundação da maior central sindical da América Latina. As diretoras da CUT/RJ, Keyla Machado e Duda Quiroga fizeram um retrospecto da história da entidade, marcada pela luta contra a ditadura, construção de grandes greves gerais e por lutas contra planos econômicos contrários aos trabalhadores. A CUT foi fundada em 28 de agosto de 1983.
Nesta retrospectiva os ex-presidentes da CUT estadual (que completa 38 anos) foram homenageados, sendo o primeiro a ocupar o cargo, o metroviário Geraldo Cândido, seu sucessor o ferroviário Carlos Santana, e os já falecidos, o metalúrgico Washington Costa e a médica Iná Meireles. Os demais estavam presentes posaram para fotos e falaram sobre a história da CUT: o metalúrgico Jayme Santiago, o trabalhador do setor alimentício, Jayme Ramos, a servidora da UFRJ, Neuza Luzia Pinto, os bancários Darby Igayara e Marcelo Rodrigues, o professor Alcebíades Teixeira (Bid) e o servidor da Previdência Social, Antônio Carlos Carvalho (Carlinhos). O atual presidente da entidade, é Sandro Cezar, da saúde federal.
A base é o alicerce da CUT
“Hoje estamos recebendo esta homenagem, mas temos que repassá-la aos milhões de trabalhadores anônimos que construíram esta central sindical, dentro das fábricas e demais locais de trabalho. Eles foram o alicerce sem o qual a CUT não poderia ser construída”, constatou emocionado Jayme Santiago. Lembrou que foi a partir das greves de 1978, que se enfrentaram contra a ditadura, que começaram a pipocar novas e grandes greves, como a dos bancários, em 1979, num movimento crescente de mobilização que seria a base para a criação de dois instrumentos populares importantes: a Central Única dos Trabalhadores e o Partido dos Trabalhadores.
Os presidentes Jayme Ramos, Alcebíades Teixeira e Antônio Carlos, fizeram referência à presença da CUT e seus sindicatos nas lutas mais importantes da sociedade. Bid e Carlinhos falaram sobre a questão ambiental que ganha a cada dia mais relevância no cenário nacional e mundial.
“Este é um debate central para os trabalhadores e trabalhadoras porque quem paga a conta da crise ambiental somos nós. Chico Mendes já tinha mostrado a importância da questão climática pra gente. O movimento sindical deve participar ativamente do movimento em defesa do meio-ambiente”, disse Carlinhos.
O bancário e ex-presidente da CUT/Rio, Darby Igayara, chamou a atenção para o atual momento político e defendeu a unidade de todas as forças políticas democráticas, na defesa do governo, suas pautas sociais e da democracia. “Após sete anos de muitas dificuldades, ataques e retrocessos temos a oportunidade de fortalecer a democracia e reconstruir o país. Mas para isto precisamos deixar de lado as divergências e nos unir. Garantir a preservação de direitos, mais empregos, desenvolvimento social e econômico e distribuição de renda”, disse.
Debates
Na parte da tarde o debate foi sobre o papel da CUT na reconstrução e desenvolvimento econômico sustentável e combate à desigualdade. O economista do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Fernando Benfica, fez uma análise sobre a retomada do crescimento, embora de maneira tímida (1,9% no primeiro trimestre) e seus impactos sobre a vida dos trabalhadores.
Para o sábado estão previstos debates sobre o protagonismo da CUT na reconstrução do Brasil, da democracia, dos direitos e da soberania; e a plenária final, com a eleição da nova diretoria da CUT/Rio e dos delegados ao congresso nacional da CUT.