Aracy BalabanianReprodução / Twitter
Rio - Fãs, amigos e familiares de Aracy Balabanian terão a oportunidade de se despedir da atriz em velório aberto ao público, nesta terça-feira (8), de 10h às 13h, no Salão Assyrio do Theatro Municipal, localizado no Centro do Rio. Em seguida, o corpo da veterana será encaminhado para o Cemitério do Caju, onde será cremado em cerimônia restrita à família e aos amigos próximos da artista, que morreu aos 83 anos, nesta segunda-feira, vítima de câncer no pulmão.
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Aracy Balabanian, em novembro de 1996Arquivo O Dia
Aracy Balabanian estava internada, na Clínica São Vicente, na Gávea, Zona Sul do Rio. Conhecida por colecionar trabalhos icônicos na TV, a atriz foi diagnosticada com o câncer de pulmão no final do ano passado. Uma de suas últimas aparições foi no dia 16 de julho, quando visitou Luca, filho de Claudia Raia e Jarbas Homem de Mello, que havia nascido há pouco tempo.
Carreira
Filha de imigrantes armênios, Aracy Balabanian nasceu em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, no dia 22 de fevereiro de 1940. A veterana sempre se interessou por teatro e participou de espetáculos do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), entre eles, "Os Ossos do Barão", de Jorge Andrade, em 1963. Ela também integrou o elenco da primeira montagem no Brasil do musical "Hair", em 1969, dirigido por Ademar Guerra.
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Em 1965, Aracy começou sua carreira na televisão. Ao todo, a artista participou de mais de 30 novelas. Seus maiores sucessos são a Dona Armênia, de "Rainha da Sucata", e a Cassandra, do humorístico "Sai de Baixo". O primeiro folhetim foi "Marcados pelo Amor" (1965), de Walther Negrão, na TV Record. Em seguida, na Tupi, participou de "Um Rosto Perdido" (1966), de Walter George Durst, e "Antônio Maria" (1968), de Eloy Santos, um grande sucesso na qual foi o par romântico do ator Sérgio Cardoso.
A estreia na Globo aconteceu em 1972, em "O Primeiro Amor". Em 1973, trabalhou no programa infantil "Vila Sésamo". Na década de 70, a artista também atuou em novelas como "Bravo!" (1975), de Gilberto Braga e Janete Claire, "O Casarão" (1976), de Lauro César Muniz.
Em "Coração Alado" (1980), de Janete Clair, começou a trabalhar o humor a partir da desbocada trocadora de ônibus Maria-Faz-Favor. Depois, esteve em "Elas por Elas" (1982), de Cassiano Gabus Mendes. Atuou ainda nas novelas "Guerra dos Sexos" (1983), de Silvio de Abreu; "Transas e Caretas" (1984), de Lauro César Muniz; e "Ti-Ti-Ti" (1985), de Cassiano Gabus Mendes.
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Entre 1986 e 1988 atuou em duas novelas na Manchete: "Mania de Querer" (1986), de Sylvan Paezzo, e "Helena" (1987), adaptada do romance de Machado de Assis por Mário Prata. Em 1989 voltou à TV Globo e viveu a misteriosa Maria Fromet de "Que Rei Sou Eu?", de Cassiano Gabus Mendes.
Foi em 1990 que ganhou uma de suas personagens mais conhecidas, a dona Armênia, de "Rainha da Sucata", uma mãe superprotetora de três filhos à qual emprestou o sotaque e alguns costumes de seu povo de origem. A personagem fez tanto sucesso que o autor Silvio de Abreu convidou a atriz e os atores que interpretavam seus filhos (Marcelo Novaes, Jandir Ferrari e Gérson Brenner) para viverem os mesmos personagens em "Deus nos Acuda" (1992).
Aracy também atuou, em 1995, em "A Próxima Vítima", de Silvio de Abreu, em que viveu a personagem Filomena Ferreto, uma matriarca possessiva e autoritária. Em 1996, Aracy realizou um dos trabalhos que costumava citar entre os mais queridos, o humorístico "Sai de Baixo". Na atração, ela vivia a socialite decadente Cassandra. "Eu me vi fazendo uma coisa que é o sonho de todo ator: teatro e televisão, ao mesmo tempo. Só que era um espetáculo ensaiado em uma tarde", disse a atriz durante uma entrevista.
O programa, exibido no domingo à noite, era gravado ao vivo em um teatro com plateia. "Sai de Baixo" também era estrelado por Luis Gustavo, Miguel Falabella, Marisa Orth, Cláudia Gimenez e Tom Cavalcante, e teve seis temporadas, chegando ao fim em março de 2002.
Entre outras novelas, ela também participou de "Da Cor do Pecado" (2004), "Passione" (2010), "Cheias de Charme" (2012), "Geração Brasil" (2014). A artista teve que se afastar das gravações desta última por um mês por conta de uma inflamação respiratória. Ela também esteve em "Sol Nascente" (2016) e "Pega Pega" (2017).
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