Domingo, 06 Agosto 2023 09:23

25ª Conferência Nacional é encerrada com aprovação de resoluções em defesa da democracia, justiça tributária e social e garantia de direitos

Sindicalistas criticam juros altos, extinção de empregos e adoecimento na categoria, propõem uma reforma tributária justa e a reforma sindical
Bancários e bancárias aprovam as resoluções, moções e propostas da campanha nacional da categoria na Conferência Nacional Bancários e bancárias aprovam as resoluções, moções e propostas da campanha nacional da categoria na Conferência Nacional Foto: Nando Neves

Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

A 25ª Conferência Nacional dos Bancários foi encerrada na tarde deste domingo (6), na quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Após três dias de debates no último final de semana, os 636 delegados e delegadas participantes do evento e mais 98 convidados, onde foram discutidos temas relevantes para a categoria e para toda a classe trabalhadora.  

"Tivemos excelentes debates nestes três dias de conferência e definimos as estratégias de ação dos trabalhadores e trabalhadoras do Ramo financeiro. Estas resoluções aprovadas vão nortear nossa campanha pela manutenção de nossos direitos e da garantia de novas conquistas", disse a presidenta da Contraf-CUT e vice da CUT Nacional, Juvandia Moreira. 

Resoluções aprovadas 

 Os delegados e delegadas da Conferência aprovaram, entre as resoluções definidas após os debates, a luta por uma reforma que fortaleça a representação sindical e atualize os meios de organização e luta dos trabalhadores do ramo financeiro. 

A mobilização dos Bancários,  junto às demais categorias de trabalhadores na defesa de uma reforma justa e progressiva também está na pauta da campanha nacional deste anos. A categoria quer ampliar a isenção do Imposto de Renda sobre os salários e uma senção total sobre a PLR (Participação nos Lucros e Resultados). A proposta considera que, para isto, é necessário taxar as grandes fortunas, patrimônios e latifúndios. 

Outra revolução aprovada é o apoio ao projeto de regulamentação das plataformas digitais para combater a disseminação de notícias falsas, da política do ódio, da violência e de qualquer forma de discriminação.  

Um dos principais temas aprovados é que fez parte do mote da Conferência Nacional é a "defesa da democracia sempre", uma luta contínua que precisa contar com a participação e o apoio de toda a sociedade. 

O fortalecimento de outros meios de luta dos trabalhadores,  como aa brigadas digitais e a ampliação da participação do movimento sindical na formulação de propostas e execução de projetos nos campos político, social e econômico também foi um item aprovado. 

Por fim, uma das principais preocupações da categoria, que o assédio moral é a pressão por metas vai também pautar a campanha 2023, com o lema "Mais saúde, menos metas".

Moções 

 A Conferência aprovou ainda algumas moções,  como a que repudia os ataques feitos contra parlamentares mulheres, contra o genocídio de pobres e negros de favelas e periferias de grandes cidades, especialmente no Rio de Janeiro e em São Paulo; contra o programa "Agiliza" da Caixa Econômica Federal nos espaços de autoatendimento,  expondo funcionários ao risco; contra a demissão em massa no Quadro de Apoio do Basa (Banco da Amazônia); em defesa do retorno do Vale-Cultura; apoio à isenção no Imposto de Renda da mensalidade sindical; repúdio às práticas antissindicais do Santander e defesa da Caixa Econômica Federal sem retrocessos e "100% pública". 

Os dirigentes sindicais que participaram da 25ª Conferência Nacional dos Bancários destacaram ainda que a campanha nacional da categoria, mesmo com os itens remuneratório já definidos pelo acordo de dois anos, é de grande relevância para organizar as lutas em defesa da democracia e por um Brasil mais justo, questões que envolvem os bancários e bancárias e toda a sociedade.  

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