Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Com informações da Contraf-CUT

Foi realizado na sexta-feira (4), em São Paulo, o encontro de dirigentes sindicais de todo o país para a Plenária Nacional do Ramo Financeiro. O objetivo é de definir as contribuições da categoria para o 14º Congresso Nacional da CUT (Concut), que ocorrerá entre os dias 19 e 22 de outubro, também na capital paulista. O evento foi organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e teve início às 10h.
“O movimento sindical bancário ajudou a fundar a Central Única dos Trabalhadores e participa ativamente em todos os estados, na luta da classe trabalhadora”, destacou a presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira. A plenária ocorreu no mesmo dia da abertura da 25ª Conferência Nacional dos Bancários.
Os sindicalistas destacaram o novo momento do país, com a vitória da democracia, após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de 2022 e os desafios dos trabalhadores para contribuir com a reconstrução do Brasil.

A participação da juventude

Entre os desafios do atual cenário, estão a ampliação de jovens no movimento sindical e o racismo estrutural no mercado de trabalho.

Combate ao racismo

O secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, lembrou que as políticas de promoção à igualdade, estabelecidas nos governos passados de Lula e Dilma, sofreram desmonte após o golpe que levou ao poder Michel Temer (MDB), mais em especial, na gestão Bolsonaro, quando ocorreu, inclusive, apologia ao racismo.

“A responsabilidade do movimento sindical bancário é buscar uma sociedade justa e igualitária, que extrapola as fronteiras das reivindicações trabalhistas, uma vez que a realidade de violência impacta, invariavelmente, no mundo do trabalho”, explicou Almir.

Discriminação de gênero

A secretária da Mulher da Contraf-CUT, Fernanda Lopes, destacou que, diante dos vários desafios para igualdade de gênero ser alcançada no mercado de trabalho brasileiro, onde as mulheres ainda recebem cerca de 20% menos que os homens, mesmo que, em média, tenham maior grau de escolaridade, o movimento sindical tem papel fundamental no acompanhamento e implementação da Lei da Igualdade Salarial (nº 14.611/2023), de iniciativa do governo Lula e aprovada pelo Congresso Nacional.

Foi incluída ainda nas propostas da plenária, a participação dos trabalhadores em torno do processo de transição de um modelo econômico que defendia a destruição do meio ambiente para uma economia sustentável.

“Nessa questão, temos que incluir o combate à desigualdade”, completou Juvandia Moreira. 

 O 14º Concut

O 14° Concut será realizado entre os dias 19 e 22 de outubro, em São Paulo, quando também acontecerá a celebração dos 40 anos da CUT. O tema deste ano é “Luta, direitos e democracia que transformam vidas”, ressaltando a participação da classe trabalhadora, através das entidades sindicais e dos movimentos sociais, na formulação e execução de políticas do governo federal, neste terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, destacando o papel da CUT neste processo e na nova conjuntura política, social e econômica do país. .

Propostas aprovadas

• Combate da violência contra a mulher
• Promoção da igualdade salarial
• Promoção da juventude
• Inclusão da juventude no mercado de trabalho e organizações sindicais
• Respeito à diversidade
• CE combate ao racismo