Quinta, 20 Julho 2023 17:47

PM-RJ: a polícia que mata crianças pobres

Morte de Djalma de Azevedo, de 10 anos, em Maricá, que comoveu o país, não é caso idolado: Em 2023 já são 15 crianças baleadas
Familiares estendem o uniforme escolar do menino Djalma de Azevedo, de 10 anos, roupa que usava quando quando foi assassinado em mais uma desastrosa ação policial da PM do Rio Familiares estendem o uniforme escolar do menino Djalma de Azevedo, de 10 anos, roupa que usava quando quando foi assassinado em mais uma desastrosa ação policial da PM do Rio

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Polícia eficiente não é a que mata, mas a que prende, com uso da inteligência e protege a sociedade. Não é o caso da Polícia Militar do Rio de Janeiro, a que mais mata no mundo, mas também a que mais morre em confrontos com traficantes e milicianos. Os números de guerra confirmam o fracasso da política de segurança do governador Claudio Castro (PL), herdeiro político do ex-governador Wilson Witzel, cassado por corrupção e de quem Castro foi vice-governador. Os dados de casos letais em confrontos de policias no estado do Rio são assustadores e trazem um dado estarrecedor: desde janeiro de 2023 já são 15 crianças baleadas em ações policiais.

Trágica rotina

O caso do menino Djalma de Azevedo, de apenas 10 anos de idade, em Maricá,baleada e morta em mais uma trágica ação policial, na manhã do último dia 12 de julho, num condomínio do Minha Casa Minha Vida, em Maricá, teve repercussão internacional.

“Não estamos falando de um caso isolado, mas de uma inaceitável rotina nas favelas e comunidades do Rio de Janeiro, cujas maiores vítimas são jovens pobres e negros e agora crianças, sendo assassinadas pelo aparato do estado, o que prova o fracasso da política de segurança do governador Cláudio Castro e de uma realidade inquestionável, a do racismo estrutura em nosso país”, declarou o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Almir Aguiar.

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