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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Sindicato dos Bancários do Rio, através de sua Secretaria de Políticas Sociais junto com a Secretaria de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), realizará um debate nesta segunda-feira, 24 de julho, às 18 horas no auditório do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro (Av. Presidente Vargas, 502/21 andar), em alusão ao Dia 25 de julho-Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) e teve origem durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, realizado em Santo Domingo, na República Dominicana, em 1992. O evento reuniu mais de 300 representantes de 32 países para compartilhar suas vivências, denunciar as opressões e debater soluções para a luta contra o racismo e o machismo.
As palestrantes
As palestrantes do evento serão: Clatia Vieira, coordenadora do Fórum Estadual de Mulheres Negras (RJ) e do Fórum Permanente de Diálogo das Mulheres Negras da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro); Mônica Alexandre, Presidenta da Associação Carioca dos Advogados Trabalhistas do Rio de Janeiro (ACAT) e diretora adjunta da OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil- RJ) e Raimunda Leone, Secretária Adjunta do Combate ao Racismo e Igualdade Racial da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil).
Tereza de Benguela
No Brasil, no mesmo dia, é o dia em homenagem à Tereza de Benguela, conhecida como “Rainha Tereza”, que viveu no século XVIII, no Vale do Guaporé (MT), e liderou o Quilombo de Quariterê. Segundo documentos da época, o lugar abrigava mais de 100 pessoas, incluindo indígenas. Sua liderança se destacou com a criação de uma espécie de Parlamento e de um sistema de defesa. Tereza foi morta após ser capturada por soldados.
“Essa data remete à luta e resistência da mulher negra contra o racismo, o sexismo e a discriminação de gênero, raça e falta de oportunidades no mercado de trabalho no Brasil e no mundo. O 25 de julho marcará também os 31 anos do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha”, disse a vice-presidenta do Sindicato, Kátia Branco.
Os números da discriminação
Almir Aguiar, secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Almir Aguiar, falou da discriminação contra as mulheres negras no Brasil, na América Latina e no mundo.
“A sociedade brasileira precisa estar atenta e precisa aderir à luta contra a discriminação contra as mulheres negras As estatísticas oficiais mostram as desigualdades e o racismo em nosso país. Hoje, mais de 40% das mulheres negras estão subutilizadas no mercado de trabalho. A política de encarceramento em massa, que revela o racismo estrutural do estado brasileiro, fez com que o Brasil se tornasse a quarta maior população carcerária feminina do mundo: 62% das mulheres presas são negras. Elas são também as maiores vítimas de estupros e feminicídio. É hora de a sociedade refletir e criar mecanismos para por fim a essa desigualdade, que atinge toda população negra, e principalmente as mulheres negras, no Brasil e no mundo”, explicou Almir.