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Presidente da CUT participou de evento que marcou venda de 116 veículos pesados pelo programa de renovação de frota do governo federal. “Dia histórico para os trabalhadores do setor automotivo’, afirmou
Publicado: 14 Julho, 2023 - 15h03 | Última modificação: 17 Julho, 2023 - 09h20
Escrito por: Redação CUT
O presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, participou, ao lado do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, na manhã desta sexta-feira (14), em São Bernardo do Campo, de um evento que marcou a primeira grande venda de ônibus e caminhões pelo programa de renovação de frota, promovido pelo governo com os incentivos previstos na Medida Provisória 1175. O programa estabelece mecanismos de descontos para a comercialização de veículos mais sustentáveis.
“É um dia histórico para os trabalhadores do setor automotivo. O programa é um sucesso e o mais importante é a geração de empregos. O país precisa disso para voltar a crescer e gerar empregos de qualidade que é o que a CUT sempre defendeu”, disse Sérgio Nobre.
O presidente nacional da CUT ainda destacou que a renovação da frota, em especial de caminhões é uma necessidade urgente. “Trará mais segurança no trânsito e garantia de saúde à população brasileira”, disse.
No evento, Nobre chamou a atenção para a realidade da frota no país. “Vemos caminhões com mais de 40 anos rodando, colocando em risco vidas e o meio ambiente. O programa é uma necessidade porque substitui esses veículos por caminhões mais novos”, afirmou.
Vendas
Ao todo foram 110 ônibus (90 urbanos e 20 rodoviários) e seis caminhões extrapesados produzidos pela Mercedes-Benz no ABC paulista. São veículos com maior tecnologia aplicada em segurança, menos poluentes e com menor consumo de combustível, além de baixo custo operacional.
No evento, O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que o programa para os veículos pesados, assim como aconteceu com os carros de passeio, cujos subsídios federais proporcionaram a venda de mais de 125 mil veículos, também será um sucesso.
Alckmin explicou o processo, no caso dos caminhões e ônibus é mais lento porque envolve a retirada de outro veículo pesado antigo de circulação. De acordo com as regras, os ônibus e caminhões velhos devem ser encaminhados para a reciclagem do setor de siderurgia antes de a nova compra ser efetivada.
Sustentabilidade
Assim como o presidente da CUT, Sérgio Nobre, que destacou a proteção ao meio-ambiente como vantagem do programa de renovação de frota, o vice-presidente da República reforçou os aspectos positivos relacionados à sustentabilidade.
“Veículo muito velho polui 20 vezes mais. Vai melhorar a qualidade do ar, contribuir para a saúde [a troca por novos veículos]. Tem frenagem moderna, evita morte. Ou seja, é menos poluente, mais confortável, evita acidentes, salva vidas”, disse Alckmin.
Já o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que também participou do evento, reforçou o papel essencial do programa de renovação da frota na manutenção dos empregos no setor automotivo.
Após fazer um balanço da criação de empregos no país, que chegou em maio a um saldo de 156 mil novos postos, o ministro afirmou que o país precisa de “crescimento constante para que gerar emprego e renda, qualificação, informação, educação e investimento em políticas públicas”.
Aroaldo Oliveira da Silva, diretor executivo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e Presidente da IndustriALL Brasil, ressaltou a capacidade da indústria de alavancar a economia e lembrou que o caminho passa pela transição energética e pela descarbonização, tema discutido na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, na quinta-feira (13).
“Nossa matriz energética é limpa. Temos todos os elementos para reconstruir e desenvolver produtiva, tecnológica, econômica e socialmente o país”, disse o dirigente.
O programa
A Medida Provisória 1175/23 estabelece um mecanismo de desconto nos preços, patrocinado pelo governo, para facilitar a compra de veículos mais sustentáveis por pessoas físicas e jurídicas. O texto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi publicado no Diário Oficial da União no dia 6 de junho deste ano.
O programa prevê a redução do preço de automóveis, caminhões, ônibus e vans como incentivo à renovação da frota. No total, o governo destinou R$ 1,5 bilhão em créditos tributários.
Desses recursos, R$ 500 milhões foram para o estímulo à troca por carros de passeio menos poluentes. Outros R$ 700 milhões estão sendo destinados a caminhões e R$ 300 milhões para ônibus e vans.
Mecanismo: Para viabilizar a redução nos preços dos veículos, as montadoras receberão do governo créditos tributários para oferecer um desconto patrocinado, abatido diretamente do valor final. No caso dos carros, o desconto girou entre R$ 2 mil e R$ 8 mil. Nos caminhões os descontos vão de R$ 33,6 mil a R$ 80,3 mil. Para ônibus e vans, o desconto vai de R$ 38 mil a R$ 99,4 mil.
Os critérios para definição do desconto patrocinado levam em conta a eficiência energética do veículo, o preço e o conteúdo nacional dos componentes. No caso de caminhões e ônibus, o comprador precisará se desfazer de um veículo licenciado com mais de 20 anos de fabricação e ainda enviá-lo para reciclagem.
*Com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços