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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
No final da tarde de sábado, dia 15 de julho, sindicalistas representantes das diversas forças políticas falaram da reforma sindical e dos desafios da organização dos trabalhadores e da comunicação sindical frente às transformações do mundo do trabalho, durante a 3ª Conferência Estadual dos Bancários do Rio de Janeiro,
Os participantes do evento, realizado em Niterói, abordaram ainda os impactos das novas tecnologias e dos ataques aos direitos trabalhistas na vida do trabalhador, nos últimos anos. A questão ambiental com a necessidade de uma transição enérgica e um desenvolvimento sustentável também foi incluída nas proposições da Conferência.
“Nós mostramos que é possível construir a unidade, respeitando as especificidades e a história de cada sindicato” disse o presidente do Sindicato do Rio José Ferreira, referindo-se aos três anos de criação da Federa-RJ e dando como exemplo de sindicatos menores que têm forte atuação, como o de Campos, Sul Fluminense, Petrópolis, Niterói e Teresópolis.
Defesa da reforma sindical
Ferreira defendeu a proposta de reforma sindical entregue pelo movimento sindical ao governo
“Este projeto de reforma sindical nasceu da construção de luta do movimento sindical. O projeto explicado por Clemente Ganz hoje, cuja proposta está numa etapa de consenso de todas as centrais sindicais, mostra que o nosso desafio é o de reorganizar as lutas da classe trabalhadora, como por exemplo, de que forma vamos representar os trabalhadores de plataformas digitais e em home Office. O modelo de reforma sindical não é perfeita, mas vai fortalecer nossa capacidade de representação e nos ajudar a enfrentar os desafios do novo mundo do trabalho”, destacou.
Luta e resistência
A presidenta da Federa-RJ, entidade que organizou o evento, Adriana Nalesso, encerrou a Conferência fazendo um mea-culpa ao dizer que é necessário fazer debates com mais serenidade e abrindo mais espaços para a participação dos trabalhadores, destacando que faltou tempo para tantas demandas e falou ainda dos desafios da representação da categoria.
“A gente trouxe a análise de conjuntura, os impactos das novas tecnologias no trabalho, onde os bancos estão excluindo clientes do atendimento presencial e temos que discutir para quem serve este sistema financeiro. E nós estamos debatendo aqui a organização dos trabalhadores do ramo financeiro e percebemos o quanto evoluímos ao longo de todo este tempo”, disse Adriana, citando conquistas relevantes da categoria, como a única Convenção Coletiva de Trabalho em nível nacional e os mecanismos de defesa das mulheres vítimas de violência.
“O que fazemos aqui é democracia e o que querem é acabar com a democracia e a nossa luta sindical. Lutamos por um país democrático que respeite as diferenças e contra todas as formas de discriminação. Luta e resistência”, concluiu Adriana.
A Conferência foi encerrada com a leitura dos membros da delegação que participará da 25ª Conferência Nacional dos Bancários, que será realizada em São Paulo, de 4 a 6 de agosto de 2023.