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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Em sua participação na 3ª Conferência Estadual dos Bancários do Estado do Rio de Janeiro, o deputado federal Reimont (PT-RJ), que é bancário do Banco do Brasil, fez duras críticas às práticas de assédio moral e sexual nos bancos.
“O assédio moral, o assédio sexual contra mulheres, não acontece apenas na Caixa, mas em outros bancos e empresas”, declarou, pedindo a prisão do ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães, acusado de praticar assédio sexual contra funcionárias e impor constrangimentos psicológicos aos trabalhadores na empresa.
Reimont falou também da difícil disputa de forças no Congresso Nacional, dominado por setores reacionários da política e criticou o uso da Caixa Econômica Federal como moeda de troca para atender ao "apetite" do Centrão por cargos públicos. .
“O que o Centrão quer é que entreguemos os nossos dedos, as mãos e a alma. Nós não queremos que o governo Lula entregue a direção da Caixa ao Centrão”, disse, defendendo o papel social dos bancos públicos.
Falou também da difícil disputa de forças no Congresso Nacional, dominado por setores reacionários da política.
“O que o Centrão quer é que entreguemos os nossos dedos, as mãos e a alma. Nós não queremos que o governo Lula entregue a direção da Caixa ao Centrão”, disse, defendendo o papel social dos bancos públicos.
Defesa da democracia
O parlamentar petista lembrou dos fatos políticos nos últimos dez anos, desde a jornada de junho, com mobilizações nas ruas, passando pela Operação Lava-jato, o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, a emenda constitucional que criou a reforma trabalhista e promoveu ataques aos direitos dos trabalhadores e ao movimento sindical, até e a prisão do presidente Luiz Inácio da Silva e, mais recentemente, a inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL). O parlamentar disse também que jamais serão esquecidas as milhares de vidas perdidas com a covid-19, citando Francisco Abdala, o Chicão, diretor do Sindicato dos Bancários do Rio morto em junho de 2020.
Destacou também a importância da defesa da democracia, ameaçada por uma tentativa de golpe, em janeiro deste ano.
“Após a posse de Lula vimos no dia 8 de janeiro, bolsonaristas quebrarem o STF, o Palácio do Planalto e invadirem o Congresso Nacional, mas a resposta de Lula unindo os governadores e os presidentes dos poderes constituídos garantiu a democracia brasileira”, disse.
Avanços dos trabalhadores
Apesar das dificuldades de aprovação de propostas populares no Congresso Nacional, o deputado petista citou como avanços do atual governo, o piso da enfermagem, o bolsa família, o retorno das bolsas de mestrado e doutorado, o ganho real do salário mínimo, a recuperação do projeto Minha Casa, Minha Vida, o fortalecimento do SUS (Sistema Único de Saúde), o Mais Médico assinado na última sexta-feira (14) e a lei que cria a paridade de salários entre homens e mulheres. Lembrou também da importância da reforma tributária, aprovada na Câmara dos Deputados e que agora vai para votação no Senado Federal.
“A reforma tributária não é a que queríamos, mas garantirá avanços, para que os ricos paguem mais impostos”, declarou, criticando a política de juros altos do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mostrando que até o mercado sinaliza que é preciso baixar os juros.
Elogiou ainda aprovação do projeto que retoma o voto de desempate do governo em decisões do CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), que contribuiu ainda para a aprovação do novo marco fiscal e para o governo fechar o orçamento de 2024.
Um Brasil que ainda discrimina
Ao final, Reimont defendeu que a classe trabalhadora se mobilize para eleger candidatos, já nas eleições municipais de 2024, comprometidos com os trabalhadores. A presidenta da Federa-RJ Adriana Nalesso reforçou a ideia, defendendo a eleição de mais mulheres, pretos, e jovens comprometidos com a luta dos trabalhadores e trabalhadoras.
“Debatemos temas fundamentais nesta Conferência, como a do debate sobre a quem está servindo as novas tecnologias”, disse, lembrando também que o Brasil ainda tem milhões de excluídos digitais.
“A gente traz uma mensagem de esperança, de força. Elegemos um presidente comprometido com a sociedade brasileira, discriminado por sua origem de classe. Vivemos num país que ainda discrimina pobres, mulheres, negros e LGBTQIA+. Temos o desafio de discutir com o sistema financeiro este olhar de igualdade de oportunidades”, disse Adriana, elogiando a cláusula da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários que garante a proteção de mulheres vitimas da violência.