Sexta, 14 Julho 2023 22:36

Conferência Estadual: centrais sindicais destacam que país vive um momento importante

Dirigentes de centrais sindicais participam da abertura da 3ª Conferência Estadual Dirigentes de centrais sindicais participam da abertura da 3ª Conferência Estadual

Olyntho Contente

Imprensa SeebRio

Dirigentes das centrais sindicais CUT e CTB, destacaram a importância da eleição do governo Lula para o país, para a população e os trabalhadores, durante a abertura virtual da 3ª Conferência Estadual dos Bancários, nesta sexta-feira (14/7). A discordância ficou por conta da CSP-Conlutas.

Para Paulo Farias, da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, a vitória de 2022 foi gigantesca, diante de tudo o que vimos o governo anterior impor em todo o seu mandato. “Foi uma conquista muito marcante sobre Bolsonaro, e o bolsonarismo, que vinha aprofundando a retirada de inúmeros direitos, acabando com a soberania nacional, falindo empresas e tornando o país um mero exportador de comodities”, avaliou. Argumentou que o momento de realização da 3ª Conferência Estadual dos Bancários é fundamental para debater este assunto.

“Percebemos que há uma mudança na forma de governar e nas prioridades do novo governo. Mas, como é um governo de coalisão, nós, trabalhadores, temos que pressionar para que nossas pautas sejam aceitas e postas em prática”, destacou. “Com o Lula estamos restabelecendo um projeto nacional de desenvolvimento. Esta conferência é um espaço onde deve ser debatido de que forma a categoria bancária vai poder influenciar na tomada de decisões por parte do governo federal”, avaliou.

País em reconstrução

O presidente da CUT do Rio de Janeiro, Sandro Cezar, avalia ser este o momento para que a sociedade se organize e mude a própria vida. “A experiência de quatro anos de um governo de extrema-direita levou o Brasil a um retrocesso. Estamos num momento de reconstrução. Só a sociedade se organizando será capaz de mudar a realidade atual do país”, disse.

Para o dirigente dois pontos são essenciais: defender a democracia e retomar o crescimento econômico, com distribuição de renda e criação de empregos. Para Sandro, o movimento sindical teve papel importante na resistência democrática e contra os ataques a direitos. E que, por isto mesmo, é preciso fortalecer os sindicatos.

“É preciso fazer uma reforma sindical que torne o movimento sindical forte, já que a reforma trabalhista tratou de enfraquecer os sindicatos para poder impor a retirada de direitos”, disse. Tanto Sandro, quanto Paulo da CTB informaram que dez centrais sindicais brasileiras estão discutindo um conjunto de propostas a serem encaminhadas ao governo Lula, entre elas, a sindical.

A discordância ficou por conta da CSP-Conlutas. Seu representante, Gualberto Tinoco, criticou o governo. Classificou a reforma tributária como tendo a mesma lógica do teto de gastos, aprovada no governo Michel Temer, e que cortou verbas para setores essenciais para a população como saúde e educação.

“A CSP organizou um Dia Nacional de Lutas contra o projeto de arcabouço fiscal e a reforma tributária que atende aos interesses dos grandes grupos privados e do latifúndio”, frisou. Avaliou que a conferência é um momento fundamental para debater estas questões.

 

 

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