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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
Dirigentes das centrais sindicais CUT e CTB, destacaram a importância da eleição do governo Lula para o país, para a população e os trabalhadores, durante a abertura virtual da 3ª Conferência Estadual dos Bancários, nesta sexta-feira (14/7). A discordância ficou por conta da CSP-Conlutas.
Para Paulo Farias, da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, a vitória de 2022 foi gigantesca, diante de tudo o que vimos o governo anterior impor em todo o seu mandato. “Foi uma conquista muito marcante sobre Bolsonaro, e o bolsonarismo, que vinha aprofundando a retirada de inúmeros direitos, acabando com a soberania nacional, falindo empresas e tornando o país um mero exportador de comodities”, avaliou. Argumentou que o momento de realização da 3ª Conferência Estadual dos Bancários é fundamental para debater este assunto.
“Percebemos que há uma mudança na forma de governar e nas prioridades do novo governo. Mas, como é um governo de coalisão, nós, trabalhadores, temos que pressionar para que nossas pautas sejam aceitas e postas em prática”, destacou. “Com o Lula estamos restabelecendo um projeto nacional de desenvolvimento. Esta conferência é um espaço onde deve ser debatido de que forma a categoria bancária vai poder influenciar na tomada de decisões por parte do governo federal”, avaliou.
País em reconstrução
O presidente da CUT do Rio de Janeiro, Sandro Cezar, avalia ser este o momento para que a sociedade se organize e mude a própria vida. “A experiência de quatro anos de um governo de extrema-direita levou o Brasil a um retrocesso. Estamos num momento de reconstrução. Só a sociedade se organizando será capaz de mudar a realidade atual do país”, disse.
Para o dirigente dois pontos são essenciais: defender a democracia e retomar o crescimento econômico, com distribuição de renda e criação de empregos. Para Sandro, o movimento sindical teve papel importante na resistência democrática e contra os ataques a direitos. E que, por isto mesmo, é preciso fortalecer os sindicatos.
“É preciso fazer uma reforma sindical que torne o movimento sindical forte, já que a reforma trabalhista tratou de enfraquecer os sindicatos para poder impor a retirada de direitos”, disse. Tanto Sandro, quanto Paulo da CTB informaram que dez centrais sindicais brasileiras estão discutindo um conjunto de propostas a serem encaminhadas ao governo Lula, entre elas, a sindical.
A discordância ficou por conta da CSP-Conlutas. Seu representante, Gualberto Tinoco, criticou o governo. Classificou a reforma tributária como tendo a mesma lógica do teto de gastos, aprovada no governo Michel Temer, e que cortou verbas para setores essenciais para a população como saúde e educação.
“A CSP organizou um Dia Nacional de Lutas contra o projeto de arcabouço fiscal e a reforma tributária que atende aos interesses dos grandes grupos privados e do latifúndio”, frisou. Avaliou que a conferência é um momento fundamental para debater estas questões.