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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Bancários e bancárias realizaram na quarta-feira, 5 de julho, mais uma manifestação nacional contra a extinção de agências e demissões em massa no Bradesco. No Rio de Janeiro, o Sindicato protestou também contra práticas antissindicais do banco na agência da Rua Senador Dantas, na Cinelândia, Centro do Rio. Os dirigentes sindicais estão sendo proibidos de subir o prédio para distribuir o Jornal Bancário, o principal e mais importante veículo de comunicação da categoria. Em resposta, a categoria retardou a abertura da unidade, conhecida por denúncias de assédio moral, pressão e diversos abusos cometidos contra os empregados.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) fez fiscalizações no prédio no dia 27 de junho deste ano e constatou cobranças abusivas de metas, ofensas e palavras de baixo calão num tratamento desumano dado aos empregados, inclusive com denúncias de “cárcere privado”, segundo informação publicada no próprio site do MPT. Os abusos resultaram em uma multa de R$ 70 Milhões para o Bradesco.
“Não param de chegar denúncias de Assédio Moral, desvios de função, sobrecarga de trabalho e ameaças de demissão que estão adocecendo os bancários”, disse o diretor do Sindicato, Geraldo Ferraz.
“Estamos sendo impedidos de exercer a nossa missão de dialogar com todos os funcionários do prédio e não vamos aceitar esta decisão autoritária e ilegal. Vários bancos, inclusive o Bradesco, já foram condenados pela justiça por práticas antissindicais”, explicou o diretor do Sindicato e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Leuver Ludolff.
Eliminação de empregos
Os bancos eliminaram postos de trabalho pelo sexto mês consecutivo no primeiro trimestre deste ano. Foram extintas 1.474 vagas em março, maior número desde novembro de 2020, quando foram encerradas pouco mais de duas mil vagas, período agravado pela pandemia do covid-19.