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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Bancários e bancárias de todo o país realizaram nesta quarta-feira (28), o Dia Nacional de Luta, tendo como principais bandeiras a defesa dos empregos, com condições de trabalho e de saúde dignas para todos os trabalhadores e pela preservação dos direitos de toda a categoria. Os sindicatos denunciam o fechamento de unidades físicas e a demissão em massa de funcionários.
Nas redes sociais
Pela manhã a campanha interagiu nas redes sociais, através de um tuitaço com a hashtag #BancoParaTodos, cobrando responsabilidade social do sistema financeiro e denunciando à sociedade, a situação nos bancos, que piora ainda mais o atendimento à população. O tema foi um dos mais comentados no Twitter.
Adoecimento de bancários
No Rio de Janeiro, a mobilização aconteceu em Madureira, Zona Norte da cidade. Houve retardamento na abertura de agências. Os dirigentes sindicais dialogaram com os funcionários e a atividade contou com total apoio da categoria e dos clientes.
Os bancários denunciaram o aumento de trabalhadores adoecidos nos bancos, em função do assédio moral e de metas desumanas impostas nos locais de trabalho.
“Quanto mais forte as entidades sindicais, maior o poder da categoria na mesa de negociação”, explicou a presidenta da Federa-RJ, Adriana Nalesso, destacando a importância da filiação dos trabalhadores ao Sindicato e da participação e apoio de todos nas manifestações do movimento sindical.
Fechamento de agências
O Bradesco cortou 1.276 postos de trabalho e fechou 93 agências e 174 unidades de negócios, em 2022. No Itaú foram 240 agências físicas encerradas no ano passado e outras 103 no primeiro trimestre de 2023. As dispensas acontecem em todos os bancos privados e no Santander a situação não é diferente.
Bancos públicos
No setor público, a redução de agências e no número de bancários da ativa, através das reestruturações, também geram sobrecarga de trabalho em quem continua atuando nas unidades. O Banco do Brasil, ao final de setembro 2021, contava com 85.069 funcionários, 7.037 postos de trabalho a menos que em setembro de 2020, em função, sobretudo, dos planos de demissão incentivada pela reestruturação imposta no governo anterior. Em 12 meses, foram fechadas 393 agências e 66 postos de atendimento bancário. A redução no número de trabalhadores concursados ocorreu nos últimos anos também na Caixa Econômica Federal.
“Com o novo governo eleito, a expectativa do movimento sindical é de que haja a contratação de mais bancários e bancárias concursados para atender a demanda e reduzir a sobrecarga de trabalho, até porque as instituições públicas terão um papel fundamental na retomada do desenvolvimento econômico e é preciso garantir melhores condições de trabalho nos bancos públicos”, explicou o presidente do Sindicato, José Ferreira.
A Caixa anunciou, em maio deste ano, a contratação de 800 novos empregados do último concurso público realizado em 2014.
“Não basta termos um governo eleito que dialoga com a classe trabalhadora, o que é um avanço importante. É com a pressão popular que vamos conseguir tirar o Brasil da crise e retomar o desenvolvimento econômico e social, inclusive levando a direção do Banco Central a baixar os juros, que é uma necessidade crucial e urgente”, disse a vice-presidenta do Sindicato, Kátia Branco.
Orgulho LGBTQIA+
Na mesma data da atividade nacional dos bancários houve manifestação do coletivo LGBTQIA+ da categoria, no Rio, em defesa da diversidade e contra a discriminação para marcar o Dia do Orgulho LGBTQIA+ (confira mais detalhes aqui em nosso site).
Veja ainda, na galeria de fotos de nosso site, mais imagens da atividade nacional da categoria.