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Quinta, 22 Junho 2023 09:35

Professores ratificam greve mesmo com decisão da Justiça

De acordo com a coordenação do sindicato, nenhuma das partes chegou a um acordo, após reunião com representantes do Governo do Rio

Protesto de professores em greve no Centro do RioCleber Mendes/Agência O Dia

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Rio - Professores da rede estadual que estão em greve se reuniram, no início da tarde desta quarta-feira (21), em um protesto após uma nova reunião com representantes do Governo do Rio em uma tentativa de acordo para finalizar a paralisação. Após desacordo entre as partes, uma assembleia dos profissionais da educação votou pela continuidade dos protestos. Um ato público ocorre, na Candelária, desde as 16h.

O protesto foi iniciado depois do fim da reunião, que durou pouco mais de uma hora. Antes, os professores fizeram uma vigília na porta da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) para receber as informações da audiência.
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A reunião foi realizada na sede provisória do Gabinete de Educação, no prédio do Conselho Estadual de Educação. Marcada para às 10h, representantes da Seeduc, da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) e da Secretaria de Planejamento e Gestão do Governo do Estado do Rio de Janeiro (Seplag) só chegaram ao local às 11h, com uma hora de atraso.

De acordo com representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Estado do Rio de Janeiro (Sepe), não foi apresentada nenhuma proposta para a categoria.

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Além dos coordenadores da Sepe, também estavam presentes a secretária de Educação Roberta Barreto, os subsecretários Windson Maciel e Myrian Medeiros, o chefe de gabinete da Sefaz Pedro Valle e o subsecretário de planejamento Rafael Abreu.

A reunião aconteceu um dia depois da Justiça ter determinado a paralisação imediata da greve. A decisão, do desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, determinou o retorno às salas de aula e afirmou que a paralisação é ilegal.

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Porém, o Sepe informou não ter sido informado oficialmente da decisão e seguiu com a greve nesta quarta. A categoria iniciou a greve no dia 17 de maio, que já dura 36 dias, e tem três principais reivindicações: pagamento do piso nacional do magistério, determinado pelo Governo Federal em 2008; reajuste salarial dos funcionários administrativos e revogação do Novo Ensino Médio.

Segundo a decisão da Justiça, um dos motivos da determinação pelo fim da greve é que as negociações ainda não terminaram e existem reivindicações que dependem de mudanças na lei. Caso a decisão não seja cumprida, há uma multa fixa no valor de R$ 500 mil ao Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) e de R$ 5 mil aos seus diretores.

Ainda nesta quarta, uma assembleia geral reuniu os professores da rede estadual na quadra da São Clemente, na Avenida Presidente Vargas, Cidade Nova, na Região Central. A reunião votou pela continuidade da greve e será seguida de um ato público, na Candelária, a partir das 16h.
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